Joias da poesia
contemporânea

Autor: Cármen Cinira

 

Poema da Fraternidade


A vida é sempre a iluminada escola.

Compadece-te e ajuda no caminho.

Por toda parte, há dor que desconsola

E toda gente aguarda a leve esmola

Do sorriso, da prece, do carinho…

 

Nem sempre vês quem chora e necessita.

Há muita treva, muita sede e fome

Escondidas em laços de ouro e fita,

E, em tudo, há muita máscara bonita

Ocultando a miséria que consome.

 

Quanta cabeça se ergue à luz dourada

Na multidão festiva que fulgura!

E, a sós, pende tristonha e desvairada,

Aturdida no horror da própria estrada,

Chorando de aflição e de amargura!…

 

Quanto sonho padece ao desabrigo!

Quanta mágoa contida, vida afora!…

Auxilia, do príncipe ao mendigo,

Não atrases o abraço doce e amigo,

Que o companheiro espera, desde agora.

 

Que a boa luta te não desagrade.

Sê mais amplo no esforço da harmonia…

Semeia a glória da Fraternidade!

Sem a luz da União e da Amizade,

Não há bênçãos da Paz e da Alegria.

 

Do livro Correio Fraterno, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita