Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Criança precisa de natureza para crescer saudável

 

A prova de sucesso da nossa ação educativa é a felicidade da criança. Maria Montessori

 

Cuidar das plantas, respirar ar puro, tomar banho de chuva, brincar na terra e descobrir pássaros livres são hábitos muito saudáveis! Sim, pois o contato com a natureza é muito importante para o desenvolvimento das crianças. Essas atividades, então, devem ser estimuladas logo nos primeiros anos de vida, quando a criança está na fase de conhecer e descobrir coisas novas…

Não é à toa que o escritor norte-americano Richard Louv alerta sobre os inúmeros benefícios para aqueles que se mantêm próximos do mundo natural. O contato com a natureza, entre outras coisas, pode incentivar o bem-estar físico e mental das crianças; melhorar o processo de aprendizagem e o desempenho escolar; estimular as habilidades socioemocionais e o convívio social...

Para os pais também é importante manter um vínculo forte com a natureza. Investir em passeios e atividades físicas ao ar livre, como caminhadas ou trilhas, por exemplo, beneficia toda a família, mostrando, na prática, para as crianças como estar em contato com a natureza é prazeroso e gostoso.

Em casa? Sempre é possível cultivar jardim ou uma horta caseira – e mesmo na varanda de um apartamento. Criar um cantinho verde e encorajar o contato diário com as plantas, as flores e até um vaso com ervas aromáticas pode ser muito divertido, ensinando aos filhos, desde cedo, muito sobre saúde e educação ambiental…

Com determinação, procure incentivar atividades na natureza: piqueniques no parque ou um acampamento no fundo do quintal. Propor brincadeiras na pracinha tranquila do bairro, um passeio de bicicleta no entardecer… Na hora de dormir? Oferecer um livro que desperte o interesse pela natureza pode ser um estímulo eficiente para as crianças…

Somos partes da natureza e, por isso, faz todo sentido ensinar amor e respeito pelo mundo natural à criança desde o começo da vida. Ganhamos todos!

 

Notinha

Richard Louv, jornalista e fundador do Movimento Criança e Natureza, cunhou pela primeira vez o termo Transtorno do Déficit de Natureza (TDN) e chamou, assim, a atenção da comunidade internacional para o impacto negativo da falta da natureza na vida das crianças. Ele é autor do livro “A última criança na natureza”.

Alguns sinais que informam que a criança precisa de mais contato com a natureza: ela se recusa a sair de casa em diversas ocasiões, mesmo quando mora perto de locais com áreas verdes; tem muita energia e, ao mesmo tempo, demonstra certa dificuldade para criar brincadeiras por conta própria; não gosta de praticar exercícios físicos ou possui dificuldade para se movimentar, correr ou brincar ao ar livre.

Muitas vezes, apresentamos a natureza como algo positivo e que deve ser preservado por todos. No entanto, na prática, passamos boa parte do nosso dia dentro de espaços fechados e conectados às redes virtuais. Para Richard Louv, essa contradição entre discurso e prática pode confundir e passar uma mensagem negativa para as crianças. Para Louv, muitos adultos estão dando um péssimo exemplo ficando cada vez mais dentro de casa com dispositivos eletrônicos e, junto com seus filhos, enfrentando problemas de saúde derivados do sedentarismo.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita