Os espíritas de hoje são
Espíritos que falharam em reencarnação
passada?
Como estou coordenador de alguns estudos
no centro espírita que frequento,
considero que são nesses momentos que
conseguimos aprofundar um pouco mais no
conhecimento do Espiritismo, aliás, bem
mais do que numa palestra pública, posto
que esta tem apenas um indivíduo a
falar, e, por isso, as dúvidas que
surgem do público não podem ser
levantadas e respondidas naquele momento
de apresentação do tema, diferentemente
do que ocorre num grupo de estudos.
E eis que há mais ou menos uns 30 dias
um colega levantou a seguinte questão:
"Costuma-se dizer que os espíritas,
hoje, são aqueles indivíduos que
falharam em outra encarnação. Isso
procede?".
Vamos à resposta.
A pergunta do colega faz todo sentido.
Realmente o espírita, hoje, é aquele
indivíduo que falhou numa reencarnação
passada. Assim como o católico,
evangélico, umbandista, ateu,
agnóstico...
O mundo é composto de seres que
falharam, falham e falharão muitas vezes
até atingirem um nível de progresso que
lhes permitirá chegar à perfeição
relativa.
Criados por Deus simples e ignorantes,
temos no erro uma das certezas das
muitas existências dos Espíritos.
Poderíamos, de forma bem jocosa, mudar o
adágio que diz: “errar é humano” para
“errar é do espírito”. Errar, portanto,
faz parte de nosso processo nos rumos da
evolução.
A pergunta do colega poderia ser de
outra forma também. Vejamos:
"Costuma-se (claro que não se costuma
dizer isso, o exemplo é apenas para
ilustração) dizer que os espíritas,
hoje, são aqueles indivíduos que muito
acertaram em outra encarnação. Isso
procede?".
A pergunta do colega faz todo sentido.
Realmente o espírita, hoje, é aquele
indivíduo que muito acertou numa
reencarnação passada. Assim como o
católico, evangélico, umbandista, ateu,
agnóstico...
Vamos, então, para uma outra certeza
além da morte biológica e do erro, o
acerto. Exatamente, podemos adaptar,
desta vez, o adágio popular para
“acertar é do espírito”.
O mundo é composto de seres que também
acertam e que um dia chegarão ao ponto
não de também acertar, mas apenas
acertar.
Como podemos perceber, não há uma
questão mística a ser desvendada sobre o
passado dos espíritas, pois estes são
apenas os homens que viveram na Terra ou
alhures a cumprir suas experiências e,
naturalmente, caminhar junto a erros e
acertos, numa contradição natural de
quem ainda está aprendendo.