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por Wellington Balbo

 

Os espíritas de hoje são Espíritos que falharam em reencarnação passada?


Como estou coordenador de alguns estudos no centro espírita que frequento, considero que são nesses momentos que conseguimos aprofundar um pouco mais no conhecimento do Espiritismo, aliás, bem mais do que numa palestra pública, posto que esta tem apenas um indivíduo a falar, e, por isso, as dúvidas que surgem do público não podem ser levantadas e respondidas naquele momento de apresentação do tema, diferentemente do que ocorre num grupo de estudos.

E eis que há mais ou menos uns 30 dias um colega levantou a seguinte questão:

"Costuma-se dizer que os espíritas, hoje, são aqueles indivíduos que falharam em outra encarnação. Isso procede?".

Vamos à resposta.

A pergunta do colega faz todo sentido. Realmente o espírita, hoje, é aquele indivíduo que falhou numa reencarnação passada. Assim como o católico, evangélico, umbandista, ateu, agnóstico...

O mundo é composto de seres que falharam, falham e falharão muitas vezes até atingirem um nível de progresso que lhes permitirá chegar à perfeição relativa.

Criados por Deus simples e ignorantes, temos no erro uma das certezas das muitas existências dos Espíritos. Poderíamos, de forma bem jocosa, mudar o adágio que diz: “errar é humano” para “errar é do espírito”. Errar, portanto, faz parte de nosso processo nos rumos da evolução.

A pergunta do colega poderia ser de outra forma também. Vejamos:

"Costuma-se (claro que não se costuma dizer isso, o exemplo é apenas para ilustração) dizer que os espíritas, hoje, são aqueles indivíduos que muito acertaram em outra encarnação. Isso procede?".

A pergunta do colega faz todo sentido. Realmente o espírita, hoje, é aquele indivíduo que muito acertou numa reencarnação passada. Assim como o católico, evangélico, umbandista, ateu, agnóstico...

Vamos, então, para uma outra certeza além da morte biológica e do erro, o acerto. Exatamente, podemos adaptar, desta vez, o adágio popular para “acertar é do espírito”.

O mundo é composto de seres que também acertam e que um dia chegarão ao ponto não de também acertar, mas apenas acertar.

Como podemos perceber, não há uma questão mística a ser desvendada sobre o passado dos espíritas, pois estes são apenas os homens que viveram na Terra ou alhures a cumprir suas experiências e, naturalmente, caminhar junto a erros e acertos, numa contradição natural de quem ainda está aprendendo.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita