Realidade
Infeliz de quem segue mundo afora
De coração cerrado à luz da vida.
Infortunado o Espírito que chora
Sem um raio de fé n’alma oprimida!
Desventurado aquele que demora
Na noite de aflição indefinida,
Consumindo a esperança de hora em hora
Na descrença sem luz e sem guarida!
Foi assim que busquei a morte escura,
Penetrando o portal da sepultura,
Louco de dor, em passos cambaleantes…
Mas, em vez de olvido, paz e nada
Encontrei a mim mesmo noutra estrada,
Triste e só entre escombros fumegantes…
Da obra Nosso livro, psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier.