Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Uma influente autoridade religiosa de Belo Horizonte implicou com os Xavier, principalmente com o Chico Xavier, cujo nome começava a se projetar junto com suas obras mediúnicas. Escrevendo para o Sr. Rômulo Joviano, chefe da Fazenda Modelo onde Chico trabalhava, aquela autoridade exigia que Chico fosse despedido do trabalho. O assunto era sério e precisava ser solucionado.

Naquela época, por decreto do presidente Getúlio Vargas, todo brasileiro que ainda não se houvesse registrado, poderia fazê-lo, gratuitamente, por um período de 5 anos. Pensando no problema, o Sr. Rômulo propôs a Chico registrar-se novamente, porque assim ele forneceria à dita autoridade religiosa de Belo Horizonte uma nova relação dos funcionários da Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, esclarecendo que não havia mais nenhum Xavier na repartição e que suas “ordens” tinham sido cumpridas à risca.

Chico concordou e assim foi feito. Olhando no calendário, o Sr. Rômulo observou que o dia 2 de abril, data de aniversário do Chico, era consagrado a São Francisco de Paula e sugeriu que, para Chico não deixar de ser Chico, ao invés de Francisco Cândido Xavier ele passasse a assinar Francisco de Paula Cândido. Assim ele continuaria a ser Chico e “Cândido”, como sempre o fora.

A providência inteligente do Sr. Rômulo, que era um homem enérgico, mas muito humano, evitou que Chico perdesse o emprego numa época em que ele tratava de 14 pessoas em sua casa, entre as quais um sobrinho paralítico de nome Emmanuel Luiz, filho de José. A autoridade religiosa se acalmou, recebendo a merecida lição, e Chico continuou a trabalhar recolhendo-se à paz de um temporário anonimato.

 

Da apostila Histórias de Chico Xavier, do Grupo de Estudo Allan Kardec.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita