Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Certa ocasião, na volta do trabalho, Chico quando entrou em casa, encontrou seu cachorro de estimação, Lorde, agonizando na cozinha. Ele se contorcia, revirava os olhos e, com o rabo entre as pernas, gania. Lucília e Dália acompanhavam o sofrimento à distância. Chico se ajoelhou e, sacudido por soluços, descreveu uma cena invisível: um outro cão, vindo do além, lambia o companheiro para atenuar seu sofrimento nos últimos momentos.

Um ano depois, o rapaz comentou em conversa com amigos, diante das irmãs: “Eu tinha um cão maravilhoso. Mas, como ele fazia xixi pela casa inteira, Dália e Lucília acharam melhor envenená-lo”.

As duas coraram. Chico fingiu ter-se conformado. Na verdade, ficou chocado com o assassinato do cachorro. Era fascinado por animais. Encarava os bichos como irmãos caçulas do homem e cuidava deles com obstinação.


Do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.


 


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita