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por Altamirando Carneiro

 

A felicidade completa não é deste mundo


Imaginemos um jardim de delícias aqui na Terra, onde todos tivessem de tudo e que nada faltasse a ninguém. Será que os seus habitantes gozariam de completa felicidade? 

Se alguém arriscou-se a dizer que sim, desculpem contradizê-los. Pois a felicidade no seu sentido mais amplo, ninguém desfruta, nesta Planeta.

"A felicidade não é deste mundo", diz o Eclesiastes. "Com efeito, nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude em flor são condições essenciais de felicidade", diz a mensagem de François-Nicolas-Madeleine, (cardeal de Morlot, Paris, 1863) no capítulo 5, (Bem-aventurados os aflitos) item 20, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Diz mais a comunicação: "Neste mundo, seja quem for, cada qual tem a sua parte de trabalho e de miséria, seu quinhão de sofrimento e desengano. Pelo que é fácil chegar à conclusão de que a Terra é um lugar de provas e de expiações". 

Considerando-se o grau evolutivo da Terra e os Espíritos que aqui estão, em relação a outros mundos mais evoluídos, temos que nos conscientizar de que a nossa felicidade é sempre relativa. "Porque, se o homem sábio é uma raridade neste mundo, o homem realmente feliz não se encontra com maior facilidade", diz o Evangelho.

Como nos adverte a lição evangélica, não se considere que a Terra esteja destinada a servir de penitenciária. Se hoje é um mundo de provas e expiações, futuramente o será de regeneração e progredirá sempre, até chegar à condição de um mundo bem mais feliz.

François-Nicolas-Madeleine indica-nos o caminho a seguir, para que Terra chegue a esta condição:

"Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime, e que cada um dentre voz se despoje energicamente do homem velho. Entregai-vos inteiramente à propagação deste Espiritismo, que já deu início à vossa regeneração. É um dever fazer participarem dos raios dessa luz sagrada. À obra, portanto, meus caros filhos! Que nesta reunião solene, todos os vossos corações se voltem para esse alvo grandioso, de preparar para as futuras gerações um mundo em que a felicidade não seja mais uma palavra vã".
 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita