Blitze para cocaína, maconha e
anfetaminas
A única forma segura de escapar de uma blitz da Lei Seca
é não beber e dirigir.
Tudo evolui. Será bom que haverá agora fiscalização, com
educação e também com punição, os que se excedem em
álcool e outras drogas e ainda assim insistem em
dirigir.
Beber, tudo bem, para maiores de 18 anos e com
moderação. Bebida e direção nem pensar: a pessoa coloca
em risco sua própria vida – suicídio indireto, se se
acidentar e vier a óbito –, e risco para terceiros.
Para controlar os excessos, primeiro criou-se a Lei
Seca, que foi evoluindo e hoje, há dez anos em vigor,
está se tornando mais rígida, incluindo a atualização do
valor da multa e outras penalidades. Atualmente, o
condutor que ingerir qualquer quantidade de bebida
alcoólica e for submetido à fiscalização de trânsito
está sujeito à multa, considerada gravíssima, no valor
de R$ 2.934,70. Além da punição no bolso, o motorista
tem a CNH recolhida e responde a um processo
administrativo que leva a suspensão do direito de
dirigir por 12 meses - depois de todos os recursos
possíveis. O veículo também é retido até que um outro
condutor habilitado se apresente. Em caso de
reincidência, o valor da multa é dobrado.
Além do bafômetro, para álcool, a Lei Seca poderá agora
ter o acréscimo do drogômetro, para detecção do uso de
drogas ilegais.
Motoristas que dirigem sob o efeito de drogas estão na
mira da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad),
ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. O
órgão federal anunciou que, além do popular bafômetro (etilômetro,
que serve para detectar o uso de álcool), o governo vai
implantar o drogômetro dispositivo para ser usado em
blitz de trânsito, capaz de identificar se o condutor
usou substâncias psicoativas como maconha, cocaína e
anfetaminas.
As primeiras informações da Senad são de quatro
aparelhos com tecnologia estrangeira que estarão sendo
testados, mas apenas um será adotado. As máquinas
detectam até oito tipos de droga de uma só vez. Ainda de
acordo com o órgão, o objetivo da medida é reduzir
acidentes e mortes provocados por motoristas que usam
substâncias psicoativas.
A medida está em fase de elaboração e, segundo o
Governo, ainda não há previsão de quando entrará em
prática nas blitze do país.
Em outros lugares do mundo, o teste para saber se o
motorista está ou não dirigindo sob efeito de drogas é
feito através da saliva. Ao ser abordado, o condutor
coloca o cotonete na boca, por cerca de dois minutos,
para colher a amostra. O material, então, é posto em
contato com um reagente, em tira de papel, que indica a
presença ou não da droga. Cada droga é testada em uma
região do papel, indicando se o resultado para cada uma
delas é positivo ou negativo.
Vivendo e evoluindo. Ou, como se diz: “Se não vai pelo
amor, vai pela dor”. Inclusive do próprio bolso.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é
bacharel em direito com especialização em dependência
química pela USP/SP/GREA
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