Deus da
concepção espírita
Qual seria a coisa mais simples de Tudo?
Seria o átomo?
Mas o átomo já não é mais, porquanto já fora destituído
de tal pelas múltiplas formas suas, sendo, no caso: mais
simples ainda, ou seja: do que hoje se nos mostra,
surpreendentemente, pela Física Quântica e Ciências
correlatas!
E qual seria a coisa mais complexa de Tudo?
Seria o Universo?
Mas o Universo hoje se integra no Multiverso, ou seja,
pelo conjunto dos Universos, que, por sua vez, é
infinito em suas proporções físicas e não-físicas,
palpáveis e não-palpáveis, materiais e não-materiais,
abrangendo, pois, a matéria escura que, por sua vez,
parece existir e não-existir, pois que muito ainda se
discute da mesma, como coisa sólida e não-sólida,
conquanto sua objetividade indiscutível para alguns, mas
não para todos... e assim vai...
E, pois, não havendo efeito sem causa...
E, pois, não havendo o Universo, bem como o Multiverso,
desprovidos de suas Leis matemáticas, Leis indubitáveis,
e, pois, não sendo tais desprovidas de um Seu Autor,
define o Espiritismo que:
“Deus É a inteligência Suprema, Causa Primária de todas
as coisas”.
E isto fora, pois, em meados do Século 19, em plena Era
da Razão, da Ciência e da Cultura, da Filosofia mais
altaneira, conquanto os céticos de todos os tempos da
humanidade: que vendo não veem, e raciocinando não
raciocinam, pois que sua descrença, e sua rebeldia
filosófica, íntima e pessoal, são muito maiores que as
evidências insofismáveis dos fatos; o que ainda se dá,
óbvio, com alguns outros elementos neste início do
conturbado Século 21: de mudanças evolutivas para um
Mundo melhor: o Regenerador.
Porém, que revisitemos a nossa Bíblia Sagrada, mais
exatamente o Velho Testamento, que, conceituando Deus, o
define nos termos de uma Autoridade Suprema, ou seja, de
que:
“Eu Sou o Senhor”.
Que Jesus, no Novo Testamento, informa, e, pois, num
modo muito mais elegante, muito mais brando e pacífico,
transmuda o Deus Autoridade para um Senhor que,
simplesmente:
“É Pai”.
Porém, Jesus vai mais longe ainda, pois, apesar da pouca
sabedoria de seus pares, informa, de um modo muito mais
abrangente, que:
“Deus É Espírito, e importa que o adorem em espírito e
verdade”.
Lição válida até os presentes dias, donde a obra de
Kardec, do Chico e de Pietro Ubaldi corroboram tais
assertivas que implicam em um Deus que, sendo Espírito,
alçam-No a Algo, ou, a uma Inteligência não-limitada,
Algo, pois, que não se pode circunscrever, limitar,
parecendo-nos, assim, como Inteligência Suprema, e,
pois, não-conceituável por palavras, ou, dir-se-ia, não
descritível pela razão e pela pobreza das linguagens
mundanas, insuficientes para tal.
Sendo Deus, pois, em tais termos, “compreendido”, ou,
“traduzível” por um “Foco de Luz”, ou, de “Energia” que
se distende do centro ao infinito, e, como diz Emmanuel
e Sua-Voz: trata-se de uma condição donde espaço e tempo
desaparecem por completo, e que, pois, torna-se algo
ainda mais incompreensível às nossas mentes pelas noções
enganosas da matéria, do tempo e do espaço de nossas
precárias concepções mundanas.
E, assim, pois, de retorno ao “Senhor”, ao “Espírito”
ilimitado - que também é “Pai” segundo Jesus -, Ele
próprio esclarece e aprofunda mais ainda suas deduções
de Deus, tudo Lhe resumindo nas sublimes e brandas
palavras que atingem contundentemente nossas vibrações
mais íntimas, ou seja, do nosso coração, ministrando e
resumindo, pois, para nossas reflexões, que:
“Deus É Amor”.
No que se pode, pois, por aí, de modo íntimo e pessoal,
bem como inteligível a todos:
- Resumir, e Compreender, como a mais perfeita, exata e
indubitável conceituação de Deus, do Criador, no que o
Homem, pois, deveria, ou deverá se espelhar para
compreendê-Lo e amá-Lo tal como Ele nos Ama:
infinitamente.
Mas dir-se-ia que os problemas, as mais diversas dores,
as injustiças, as políticas rasteiras, as guerras e tudo
o mais desmente um Deus-Amor, o que, muito pelo
contrário, não o desmente, mas sim Lhe confirma, sendo
tais dores e tais problemas, portanto, frutos de um
Homem que ainda é rebelde, odiento e transgressor, e,
portanto, infrator daquelas mesmas Leis do Deus-Amor
ministrado por Jesus, que, enviado d’Ele, fora
incompreendido, escorraçado e pregado num madeiro
infamante, como fruto de nossa ignorância e desamor.
E o Espiritismo de Kardec, por matemática e por lógica
doutrinária, avança suas concepções do Supremo, nos
termos racionais de que:
“Deus É Eterno”.
Pois se tivesse tido um começo, se tivesse sido criado,
Ele já não seria eterno, pois teria sido gerado por um
Ser anterior a Ele, e que, portanto, Deus não seria
Deus, e sim, uma criação de Algo que existia dantes
d’Ele, e que seria Deus.
E, complementando suas ideias, o Espiritismo afirma que:
“Deus é Imutável”,
Pois que as Leis Estáveis e Ordenadas de Tudo à nossa
volta e que, pois, se estendem à inteireza do nosso
Universo, ou, do nosso Multiverso, tais Leis testificam,
com clareza, matematicidade e objetividade, que Alguém
Pensou, Alguém Fez, Alguém Conservou e Conserva, e, mais
ainda, Tudo movimenta em sentido ascendente, ou seja,
para cima e para o alto no que hoje se conhece como
Evolução palingenésica, tratando, pois, de aperfeiçoar
as espécies da natureza até ao Homem, donde Tudo, pois,
se submete a tal movimento ascensional, e, até onde (?),
senão até Deus, nosso Pai, nosso Justo Criador.
Mas o referido Espiritismo elucida mais ainda, pois
ministra que:
“Deus é Imaterial”.
Pois que: sendo Espírito, não se presta às mudanças e
transformações várias da matéria, e que o Homem, como
filho de Deus, há de tornar-se, tal como Ele mesmo:
Espírito Puro, não mais sujeito à matéria, que, nada
obstante, lhe serve de degrau para Algo Maior, da
Espiritualidade Divina, do mesmo Deus: Nosso Pai, nosso
Criador.
Porém: há mais, pois que:
“Deus é Único”.
O que se revela pela Unidade de vistas e de Ordenamento
de Sua criação, do Universo, ou do Multiverso, como um
Todo perfeito e ordenado por Leis inderrogáveis, que,
não sendo criadas por mim e nem por você: Algo as criou,
e, este Algo é Deus: que se revela por Suas obras, Suas
Leis indubitáveis.
Porém: Há mais!
Sendo Deus-Espírito, ou, uma espécie, ou, uma forma de
energia que abrange Tudo de Sua Criação, poder-se-ia,
sob tal aspecto, e, por nossa apoucada compreensão do
mesmo, dizer que:
“Deus é Impenetrável”.
Ou, então, que não se teria palavras ou termos
gramaticais que possam explicá-Lo mais exatamente, ou,
mais profundamente...
O que não muda nada, pois as explicações bíblicas, de
Jesus e do Espiritismo são o que há de mais lógico, e
mais compreensível, às nossas mentes infantis, sendo que
o resto vem depois, na medida de nossos esforços para
compreendê-Lo e amá-Lo, mas não tal qual, ou tão quanto,
Ele nos Ama infinitamente, e isso, por enquanto, nos
basta.
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