Viver bem ou
viver para o
bem?
No percurso de
nossas
existências
sempre nos
interrogamos
sobre a razão da
vida. Essa
indagação é algo
comum a todos
nós, fazendo
parte das
dúvidas que nos
cercam. Dentro
desse quadro
sempre há espaço
para
perguntarmos:
como estamos
conduzindo
nossas vidas?
Vivemos bem ou
vivemos para o
Bem? São
situações
distintas e de
valores
indiscutivelmente
sutis que nos
levam à
reflexão.
Obviamente
“viver bem” é
admitido em
geral como ter
saúde, conforto,
fartura. Porém
isso não basta.
Podemos ter
saúde física e
nada nos faltar
e a consciência
manter-se em
desalinho...
As várias
nuances da
convivência
podem trazer
desconforto
mental e solapar
o nosso sono,
nada obstante
termos a saúde
física ainda não
comprometida e
mantido o
conforto que nos
agrada. Então,
esse “viver bem”
já não tem a
plenitude que
nos enseje uma
relativa
felicidade, já
que não nos é
possível nesse
Orbe
escola-hospital
desfrutar de uma
completa
felicidade.
A questão 920 do
Livro dos
Espíritos
esclarece: “Pode
o homem gozar de
completa
felicidade na
Terra”? “Não,
por isso que a
vida lhe foi
dada como prova
ou expiação.
Dele, porém,
depende a
suavização de
seus males e o
ser tão feliz
quanto possível
na Terra.”
Segundo
Aristóteles (384
a.C.-322 a.C.),
no livro Ética
a Nicômaco,
“Felicidade é a
vida da Alma
conforme a razão
pela prática das
virtudes”. Diz
ainda o
filósofo: “As
virtudes
configuram-se em
hábitos capazes
de levar alguém
a excelência, ao
que há de melhor
na condição
humana”.
Depreende-se que
as virtudes
estão inseridas
nos conceitos
ético-morais que
todos nós
precisamos
exercitar em
nossas
existências.
Mesmo que
tenhamos fartura
e bens materiais
não estaremos
completos no
âmbito de “viver
bem”. Apesar de
termos além do
essencial para a
sobrevivência,
um “vazio” ainda
persiste em
nós... Nossa
essência como
Espírito
necessita de
valores sutis e
elevados que nos
encaminhem para
a angelitude
onde teremos a
Paz duradoura e
não a felicidade
efêmera no
âmbito da Terra.
Lembremo-nos do
contido em João
14:27:
“Deixo-vos a
paz, a minha paz
vos dou; não
vo-la dou como o
mundo a dá. Não
se turbe o vosso
coração, nem se
atemorize”.
Já é tempo de
perscrutarmos a
forma de “viver
para o bem”
afastando-nos
do egoísmo
e alçando os
degraus da caridade ao
externarmos o
potencial que
temos adormecido
para servirmos
aqueles que
passam por
necessidades.
Dessa forma
estaremos
favorecendo a
tantos que vivem
na completa
infelicidade
material e, não
raro, precisam,
também do apoio
moral.
Com essa atitude
aliada a tantas
outras
“virtudes”
estaremos
enxergando a
vida na
perspectiva de
“viver para o
bem”,
preenchendo o
nosso campo
mental com
energias
benfazejas que
serão uteis para
todos os que as
recebem e, para
nós como fontes
renovadoras que
aumentarão o
nosso potencial
criativo.
Buscar esse
objetivo faz
parte da missão
que todos nós
precisamos
cumprir. Reportando-nos
a Aristóteles,
mais uma vez,
temos: “Ainda
nos falta
entender qual é
a finalidade à
qual o ser
humano se
dirige, esse fim
que é “O Sumo
Bem”, o mais
alto de todos os
bens que se pode
alcançar pela
ação. Podemos
entender que “O
Sumo Bem” é algo
que transcende à
vida material.
Num mergulho
profundo em
nosso interior
iremos
encontrá-lo como
força latente
que precisa
emergir para que
possamos dizer
que “vivemos
para o bem”, com
a convicção de
que esse é o
caminho.
No livro Vida
Feliz, 4ª
edição, pág.50,
psicografia de
Divaldo Pereira
Franco, pelo
Espírito Joanna
de Ângelis,
temos: “(...) A
felicidade é um
estado íntimo,
defluente do
bem-estar que a
vida digna e sem
sobressaltos
proporciona”. É
nesse estado de
espírito que
desfrutaremos da
felicidade rumo
à Paz anunciada
pelo Mestre
Jesus. (Ser
feliz é estar
consciente de
que fez o melhor
de si).