Joias da poesia
contemporânea

Autor: Amaral Ornellas

 

Caridade

 

Faze da caridade a redentora chama

Cuja auréola solar, renovadora e pura,

Seja paz e consolo à sombra e à desventura

Do espinheiral da dor em que o fel se derrama.

 

Surja embora a aflição, ajuda, espera e ama!

Não te firam na Terra a maldade e a secura…

Segue plantando o bem, na noite imensa e escura

Em que a ilusão tateia, imersa em treva e lama.

 

Vergastado, sorri! Humilhado, abençoa!…

E nas lutas cruéis com que o mal te aguilhoa

Sustenta na renúncia a força de vencê-las.

 

E, um dia, a caridade em que, humilde, te abrasas,

Tecer-te-á, cantando, a luz de níveas asas

Para a glória imortal, no fulgor das estrelas.

 

Do livro Através do Tempo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita