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por José Reis Chaves

Entendendo mais dos fenômenos mediúnicos


A história da Humanidade está cheia de fenômenos mediúnicos. O êxtase dos santos de qualquer religião é semelhante ao fenômeno mediúnico e, muitas vezes, eles são confundidos.

Faz muito tempo que li num livro que trata desse assunto, não lembro se era de ocultismo, da teosofia, do Rosacruz ou de esoterismo, assuntos ainda pouco conhecidos.

E, por oportuno, aproveito o ensejo para lembrarmo-nos de que existem as duas palavras esoterismo e exoterismo que têm sentidos diferentes em qualquer área, material ou espiritual. Esoterismo ou conhecimento esotérico é profundo. Já exoterismo ou estudo exotérico é vulgar, e pois, geralmente, falso ou supersticioso.

Encontrei na internet, como sendo uma espécie de sinônimo de ‘êxtase’ lá no oriente a palavra ‘instase’. E achei interessante a etimologia dessas duas palavras que quero transmitir para minhas queridas e queridos leitores.  A preposição latina “ex” deu origem à de igual forma em português e também de sentido idêntico, ou seja, ‘de fora’, ‘que não é mais o que foi etc.’ Exemplo: ‘ex-aluno do Seminário do Caraça’, ‘que foi, mas que não é mais aluno’. Já a outra preposição também latina “in” tem o significado de ‘direcionado para alguma coisa ou alguém’, ‘junto de e para dentro de etc.’ E a palavra principal constante do ‘êxtase’ ocidental é “tase” e a do ‘instase oriental, também, é “tase”. E essas duas palavras iguais constantes do ‘êxtase’ e do ‘instase’ têm o sentido aproximado do ‘estado d’alma’ da pessoa em êxtase ou em instase que é o estado chamado de Meditação Transcendental, semelhante ao do iogue oriental.

Êxtase significa ‘fora de si’ ou desmaiado, que não observa o que está fora de si. Mas no oriente se diz que o que os sentidos veem é ‘maia’ (ilusão), o que quer dizer que a pessoa em êxtase como que desmaiada está concentrada em si mesma, não percebendo as coisas ilusórias fora dela ou dos seus sentidos, o que equivale a estar em êxtase ou fora de si dos ocidentais, isto é, estar em êxtase ou em instase é estar cego para as coisas do mundo dos sentidos. Dizendo de outro modo, quem está em instase, não percebe ‘maia’ que é ilusão. E quem está em êxtase, está concentrado em si ou como que cego também para o mundo dos sentidos: maia que, repetimos, é ilusão. E, assim, quem está no estado de êxtase ocidental está desligado do mundo dos sentidos,  tal qual o oriental que está em instase e que, também, não vê as coisas observadas pelos sentidos ou maia,  ilusão, que são, pois, falsas ou como se diz hoje, são fakes news... E de tudo isso se conclui que estar em transe mediúnico é semelhante a estar nos dois estados iguais de êxtase e instase, mas que  são diferentes do estado mediúnico em que há a presença de espíritos manifestantes através dos médiuns.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita