“Paulo e Estêvão”, a mais excelente
produção literária de Chico Xavier
TRECHOS DO PRIMEIRO DIÁLOGO (“O CRÍTICO”), EXTRAÍDO DO
CAPÍTULO PRIMEIRO, PRIMEIRO DIÁLOGO, DE “O QUE É
ESPIRITISMO”.
V. O CRÍTICO: “...Confesso-vos
que tenciono publicar um livro em que me proponho
demonstrar ex professo (com verdadeiro
conhecimento de causa; magistralmente) a minha opinião
sobre o que considero um erro...
KARDEC:
“Esquecia-me, porém, que íeis tratar a questão ex
professo, o que equivale a dizer que a estudastes sob
todas as suas faces; que vistes tudo o que se pode ver,
lestes tudo o que sobre a matéria se tem escrito,
analisastes e comparastes as diversas opiniões; que vos
achastes nas melhores condições de observação pessoal;
que durante anos lhe consagrastes vigílias; em suma: que
nada desprezastes para chegar à verdade. Devo crer que
tal se deu, se sois um homem sério, porque somente
aquele que fez tudo isso pode dizer que fala com
conhecimento de causa...”.
MANANCIAL INFINITO
“Paulo e Estêvão” é uma obra magistral sob os mais
diversos aspectos: o fenomenológico (devido a seu meio
de produção altamente complexo), qualidade literária
(linguístico e estrutural), profusão de fatos e
personagens reais, revelação de costumes. Mas a sua
maior contribuição, sobreposta aos aspectos da forma, é
de ordem essencial: os desdobramentos nas vidas e
“naquele mundo”, ocorridos a partir da estada de Jesus
entre nós.
É de conhecimento público que a mediunidade de Chico
Xavier nos proporcionou centenas de livros, em
diferentes modalidades (cartas familiares, mensagens
para o cotidiano, coletâneas poéticas, dentre outras).
Mas a referida obra, em minha modesta opinião
(referendada por profundos estudiosos e leitores
bastante criteriosos), é a mais excelente produção
literária do boníssimo Chico.
“Paulo e Estêvão” é manancial infinito, e merece ser
explorado em todos as suas nuanças, a fim de que suas
preciosidades sejam desveladas do terreno em que estão
incrustadas. Para tal, necessário é que se empenhem os
arqueólogos, os exegetas, os historiadores, os
leitores-usufrutuários desse presente legado à
humanidade por Emmanuel.
Nessa perspectiva se funda o grande mérito de nosso
irmão André Ricardo, pois através dos anos tem-se
especializado no estudo da obra, valendo-se naturalmente
da metodologia que a formação acadêmica lhe propiciou.
Seu e-book(1) (além de artigos, entrevista e
depoimentos) nos apresenta trechos de pesquisa, estudos
comparativos, concatenação de fatos e indicadores da
veracidade da obra em questão, trechos biográficos de
eminentes estudiosos, proposições (particularmente
preferindo a classificação de “Livro Histórico” à de
“Romance Histórico”), sem deixar de destacar (em
uníssono com minhas expectativas) que esse livro
constitui extraordinário material para ser
consubstanciado em filme (se bem que qualquer produção
fílmica no presente caso se verá constrangida a eleger
fatos, tentará representar o conjunto pela amostragem,
pois é impossível resumir, sem defasagem, uma obra-prima
dessa qualidade. Ademais, é impossível resumir Paulo,
Pedro, Estêvão, Abigail, Timóteo, Lucas, Gamaliel,
Áquila, Prisca, Maria...).
Ficam, pois, os agradecimentos – na pessoa do amigo
André Ricardo – a todos os que tanto nos auxiliam a
entender melhor a trama de “boas novas” tecidas por
Emmanuel-Chico, e especial gratidão a Jesus por nos
privilegiar com o recebimento original de “Paulo e
Estêvão” em nossa língua, tempo e lugar.
(1) O
articulista refere-se ao e-book "A
veracidade e conexões da obra Paulo e Estêvão", de
autoria do professor André Ricardo de Souza, publicado
pela EVOC, que o leitor pode ler ou baixar clicando
aqui
Gladston Lage, pedagogo, escritor e
membro da Associação Grupo Espírita O Consolador, reside
em Belo Horizonte (MG).
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