Transformação e objetivo
“E vos renoveis no espírito…” — Paulo (Efésios, 4:23)
Sem dúvida, a existência é transformação incessante.
Indispensável nos vejamos, muitas vezes, à luz da
autoanálise, observando se estamos realmente seguindo os
processos da evolução. Não nos esquecermos de verificar
se nos achamos gravitando em torno dos erros de muito
tempo ou se vivemos com os problemas que nos foram
habituais no passado, sem procurar solução justa;
examinar o campo íntimo e deduzir com clareza se estamos
apaixonados por nós próprios, repetindo lances
autobiográficos ou lamentações estéreis em derredor de
provações que tenhamos vivido, sem alterar o mecanismo
de nossas emoções, disposições, atitudes e palavras.
Dia a dia é imperioso indagar de nós se prosseguimos
empenhados no trabalho de autoburilamento, acompanhando
o progresso que nos rodeia e tomando contato com as
novas criações da inteligência, da cultura, da arte e
dos assuntos humanos que nos envolvem a estrada.
Todos necessitamos de intercâmbio, mantendo-nos
interessados em buscar o melhor que a vida nos ofereça e
interessar igualmente à vida, oferecendo a ela, na
pessoa do próximo, aquilo de melhor que sejamos capazes
de sugerir ou fazer.
Ampliar os interesses da personalidade, esquecer ideias
impróprias, enriquecer o cadastro das relações e
estabelecer conhecimentos novos é dever nosso em toda
parte.
Entretanto, no rol de ideais, atividades,
empreendimentos e ações que nos digam respeito é preciso
saber que modificações estamos realizando.
Estudemos, desse modo, o imperativo da transformação
permanente no imo da própria alma e aprendamos com as
leis do espírito que a renovação pede serviço constante,
na construção do bem comum, para criar a felicidade e
integrar-se harmoniosamente em nossas aquisições para a
vida eterna.
Do livro Bênção
de Paz, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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