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por José Reis Chaves

Doutrinas religiosas importantes ignoradas


Todas as doutrinas religiosas têm seu tempo de surgimento e de duração, pois elas dependem da evolução dos criadores de doutrinas, principalmente as referentes a Deus ou teológicas.

E devem ser respeitadas, mesmo que sejam já ultrapassadas, pois há uma energia (egrégora) muito forte nelas oriunda das formas pensamento dos milhares ou milhões de pessoas que as adotaram, podendo algumas delas, inclusive, ser até alguns de nossos queridos antepassados... Com o devido respeito, dizemos que não estariam os teólogos católicos, protestantes e evangélicos e as autoridades de suas respectivas igrejas, como se diz, dormindo no tempo sobre a correção de alguns de seus erros doutrinários, o que é devido ao seu  ego inferior ainda pouco evoluído como, geralmente, é o caso de todos nós? Lembremos aqui o que disse o excelso Mestre: Quem quiser ser meu discípulo, renuncie-se a si mesmo, pegue sua cruz (seu carma), diariamente, e siga-me. (Lucas 9: 23)

Em 1054, o bispo de Constantinopla, dom Cerulário, chefe da Igreja Ortodoxa Oriental, separou-a da Igreja Católica Apostólica Romana. E, assim separadas, elas estão até hoje.

E vamos a um exemplo de doutrinas importantes cristãs, geralmente, ignoradas pelo grande público. Nós de cultura cristã ocidental e romana, fazermos o conhecido Sinal da Cruz, com a mão direita, com uma cruz que vai da testa ao final do peito; e continuando da esquerda para a direita do peito, dizendo em nome do ‘Pai, do Filho e do Espírito Santo’. Mas os cristãos da Igreja Ortodoxa Oriental fazem-no do lado direito para o ‘lado esquerdo’.

E vejamos o porquê disso. Para os ortodoxos, o Filho de Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, é mais importante do que o confuso Espírito Santo da Terceira Pessoa Trinitária criado pelos teólogos. Isso está de acordo com o dogma do Concílio Ecumênico de Niceia de 325 que decretou a divindade de Jesus. Por isso, no Sinal da Cruz, o Filho (Jesus Cristo) deve ficar do lado direito do nosso peito, indo, pois, do Pai direto ao Filho do nosso lado direito e terminando com o Espírito Santo do nosso lado esquerdo.

Essa questão do dogma de que Jesus é Deus, apesar de ser polêmica, volta, mais ou menos, cerca de 1.000 anos depois, isto é, no Concílio Ecumênico de Lion em 1274, com o nome de “Filioque” (em latim: ‘e do Filho’), dogma da Igreja Católica que diz que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, do qual discorda a Igreja Ortodoxa que afirma que o Espírito Santo procede só do Pai. Já aqui, percebe-se que parece que a Igreja Ortodoxa Oriental põe em dúvida a divindade de Jesus Cristo. Com doutrinas polêmicas e ignoradas ou pouco conhecidas, acontecem dessas coisas...

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita