Em busca da felicidade
A felicidade não é deste mundo. Jesus
Todos buscamos felicidade, paz, saúde e
prosperidade e não há nada de errado
nisso, mas necessário pontuar a forma e
o porquê dessa busca. O questionamento
que fazemos é como estamos buscando
esses valores.
Normalmente relacionamos felicidade com
o poder aquisitivo, ou seja, com os
valores materiais. Até certo ponto,
podemos vincular uma e outro dessa
forma, pois sem dúvida facilitam nossas
vidas, mas não é a única forma nem a
mais importante.
Precisamos entender que somos mais do
que um corpo físico e, portanto,
carregamos outros valores mais
profundos, a nossa alma, o nosso eu
verdadeiro e que vai sobreviver ao mundo
físico. Claro que essa ideia parte do
pressuposto de que aceitemos a
existência do Espírito imortal.
Precisamos do material até o limite do
necessário, pois passando disso vamos
viver o supérfluo e com isso não teremos
a real felicidade, mas sim muitas vezes
angústia, vazio existencial, entre
tantas situações interiores que nos
levam à necessidade de mais ter, e
podemos cair nos diferentes tipos de
vícios, para escapar de nossa
consciência, nosso maior juiz.
Isso tudo nós já sabemos, mas não
paramos para questionar.
Quando Jesus nos disse: “A felicidade
não é deste mundo”, Ele deixou muito
claro que ela, a felicidade, virá em
nossas vidas de uma outra forma. Será
algo profundo, sutil, que acontece de
dentro para fora, onde não entendemos o
porquê, mas nos sentimos felizes, pois
estamos com nosso dever cumprido, nossas
mudanças interiores em curso para um ser
melhor.
A doutrina espírita não é melhor do que
outros segmentos religiosos, mas ela nos
apresenta uma forma clara e simples do
que seja ser feliz, pois se baseia na
continuidade da vida, e em dois ensinos
máximos de Jesus: “Ama teu Deus acima
de todas as coisas e teu próximo como a
ti mesmo” e o mais alto sentido de
justiça: “A cada um segundo as suas
obras”.
Vamos viver Jesus, mas não da forma
religiosa, mas viver seus ensinos dentro
de nosso ser, para desenvolvermos o
sentido de felicidade real e eterna.
Comparando a nossa vida com uma música,
poderemos afirmar que a música da vida é
cheia de harmonia, ritmo e melodia.
Buscamos ouvi-la e vamos aprendendo a
entendê-la cantando, ou seja, vivendo.
São várias as estrofes ao longo da
evolução. Algumas vezes ficamos presos a
algum refrão, algum questionamento,
alguma prova, para melhor entendê-la,
pois no refrão geralmente é indicado o
objetivo da música.
A etapa humana não é a última estrofe da
música da vida; outras formas de
interagir com o Criador nos aguardam,
pois já passamos por vários reinos na
natureza e na espiritualidade, e a cada
etapa aprendemos um pouco mais. Com
nossa luta interior chegaremos a outros
patamares da evolução e poderemos
entender muito melhor o que seja
realmente felicidade, que sem dúvida
vamos conseguir.
Nesta existência podemos ter uma ponta
dessa tão falada felicidade; apenas
precisamos manter nosso pensamento,
palavras e atos elevados, em
conformidade com os ensinos do Mestre
Jesus.
Todos nós temos como objetivo de vida
buscar a felicidade, mas devemos cuidar
para buscar a verdadeira felicidade, a
alegria que contagia, o dever cumprido,
em paz com a nossa consciência, e isso
de chama: a busca do Reino de Deus
dentro de nós.