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por Wagner Ideali

 

Em busca da felicidade


A felicidade não é deste mundo.
 Jesus


Todos buscamos felicidade, paz, saúde e prosperidade e não há nada de errado nisso, mas necessário pontuar a forma e o porquê dessa busca. O questionamento que fazemos é como estamos buscando esses valores.

Normalmente relacionamos felicidade com o poder aquisitivo, ou seja, com os valores materiais. Até certo ponto, podemos vincular uma e outro dessa forma, pois sem dúvida facilitam nossas vidas, mas não é a única forma nem a mais importante.

Precisamos entender que somos mais do que um corpo físico e, portanto, carregamos outros valores mais profundos, a nossa alma, o nosso eu verdadeiro e que vai sobreviver ao mundo físico. Claro que essa ideia parte do pressuposto de que aceitemos a existência do Espírito imortal.

Precisamos do material até o limite do necessário, pois passando disso vamos viver o supérfluo e com isso não teremos a real felicidade, mas sim muitas vezes angústia, vazio existencial, entre tantas situações interiores que nos levam à necessidade de mais ter, e podemos cair nos diferentes tipos de vícios, para escapar de nossa consciência, nosso maior juiz.

Isso tudo nós já sabemos, mas não paramos para questionar.

Quando Jesus nos disse: “A felicidade não é deste mundo”, Ele deixou muito claro que ela, a felicidade, virá em nossas vidas de uma outra forma. Será algo profundo, sutil, que acontece de dentro para fora, onde não entendemos o porquê, mas nos sentimos felizes, pois estamos com nosso dever cumprido, nossas mudanças interiores em curso para um ser melhor.

A doutrina espírita não é melhor do que outros segmentos religiosos, mas ela nos apresenta uma forma clara e simples do que seja ser feliz, pois se baseia na continuidade da vida, e em dois ensinos máximos de Jesus: “Ama teu Deus acima de todas as coisas e teu próximo como a ti mesmo” e o mais alto sentido de justiça: “A cada um segundo as suas obras”.

Vamos viver Jesus, mas não da forma religiosa, mas viver seus ensinos dentro de nosso ser, para desenvolvermos o sentido de felicidade real e eterna.

Comparando a nossa vida com uma música, poderemos afirmar que a música da vida é cheia de harmonia, ritmo e melodia. Buscamos ouvi-la e vamos aprendendo a entendê-la cantando, ou seja, vivendo. São várias as estrofes ao longo da evolução. Algumas vezes ficamos presos a algum refrão, algum questionamento, alguma prova, para melhor entendê-la, pois no refrão geralmente é indicado o objetivo da música.

A etapa humana não é a última estrofe da música da vida; outras formas de interagir com o Criador nos aguardam, pois já passamos por vários reinos na natureza e na espiritualidade, e a cada etapa aprendemos um pouco mais. Com nossa luta interior chegaremos a outros patamares da evolução e poderemos entender muito melhor o que seja realmente felicidade, que sem dúvida vamos conseguir.

Nesta existência podemos ter uma ponta dessa tão falada felicidade; apenas precisamos manter nosso pensamento, palavras e atos elevados, em conformidade com os ensinos do Mestre Jesus.

Todos nós temos como objetivo de vida buscar a felicidade, mas devemos cuidar para buscar a verdadeira felicidade, a alegria que contagia, o dever cumprido, em paz com a nossa consciência, e isso de chama: a busca do Reino de Deus dentro de nós.

 
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita