Certa vez, bateu na porta humilde da casa de Chico
Xavier um sujeito pouco conhecido na cidade. Mas o nome
do Chico já havia decolado, o sujeito descobriu onde ele
morava e foi direto pra lá. Eram três horas da madrugada
e ele dando murros na porta acordando a casa inteira.
Quando o médium foi atender, deparou-se com um cara todo
rasgado, machucado, cheio de hematomas...
Daí ele disse ao sujeito:
– Pois não!
– O senhor é o Chico Xavier??
– Sim, sou...
– Chico, aconteceu uma desgraça! Fui assaltado...
– Puxa, mas que bom...
– Acho que o senhor não entendeu, eu estou dizendo que fui
assaltado e ainda quebraram a minha cara.
– Meu Deus, que ótimo...
– Escuta aqui, senhor Chico Xavier, eu estou dizendo que fui
assaltado, que quebraram a minha cara, levaram meus documentos e
dinheiro, aliás levaram tudinho. E o senhor fica debochando? Não
esperava isso do senhor não...
– Eu não estou debochando! É que você não se deu conta de uma
coisa: Agora quem vai ter que pagar o mal que fez é o ladrão
espancador e não você! Você está isento de culpa. Deus sempre
sabe o que faz...
Sabe-se que o cara baixou a cabeça em pose reflexiva e nunca
mais apareceu.
Da apostila Histórias de Chico Xavier, do Grupo Allan
Kardec.
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