Desalento em vista dos desafios do
destino
O sentimento de ansiedade insistente a muitos homens e
mulheres, em qualquer faixa etária, os remete ao
desinteresse de viver, ao medo do amanhã, ao desânimo em
vista dos desafios do destino, enfim, a uma ausência de
ânimo que recebeu da psiquiatria a sinistra
terminologia: depressão.
A rigor, a depressão resulta da ausência de esperança e
da incerteza em relação ao que está por vir. Noutras
nuanças prognósticas dessa patologia estão incrustados a
tristeza, ausência ou diminuição da vontade, exagerado
sentimento de culpa, perda de projetos de vida, desejo
de morte, redução da capacidade cognitiva, além de
insônia ou mórbida e prostante sonolência.
Sintomas esses matrizes de fraqueza neurofisicomental,
favorecendo a invasão oportunista da enfermidade, por
carência da restauração da energia mantenedora da saúde,
sobrevindo as asperezas da apatia como dispositivo
abissal do qual para se desvencilhar requerem-se
soberbos esforços de autoeducação.
A conduta mentoespiritual dos homens, quando cultiva os
sentimentos da irritabilidade, do ódio, do ciúme, do
rancor, impregna o organismo físico e o SNC (sistema
nervoso central), com frequências vibratórias infectadas
que bloqueiam áreas por onde se espalha a energia vital,
abrindo campo para a instalação dos múltiplos estados
patológicos, em face da proliferação de agentes
deletérios (micro-organismos de origens psíquicas)
degenerativos que se instalam.
Por isso, a disciplina mental surge como pedra angular,
sustentando o edifício das lutas rotineiras sob o
influxo da resignação indispensável diante dos embates
vitais ao nosso crescimento espiritual.
A causa da depressão está enraizada no perispírito e, a
rigor, não tem matrizes no corpo físico. O conflito do
enfermo remonta a causas passadas, provavelmente
remotas, com reverberação no presente.
Os Benfeitores Espirituais explicam que as mortes
prematuras traumáticas (acidentes, suicídios) em pessoa
com grande reserva de fluido vital impõem fortes
impressões e impactos vibratórios na complexa estrutura
psicossomática, formando no espírito um clichê mental
robusto do momento do trespasse (desencarnação).
Na reencarnação subsequente o amortecimento biológico do
corpo físico não é suficiente para neutralizar os flashs dos
derradeiros momentos da vida anterior. Essa distonia
vibratória tenderia a reaparecer, guardando identidade
cronológica entre as reencarnações. Os flashs impressionam
os neurônios sensitivos do SNC (sistema nervoso central)
e estes desencadeariam os sintomas psíquicos via
neurotransmissores cerebrais.
As torturas sofridas durante longos períodos nas regiões
de penumbra do além (umbral) podem criar raízes de
tormentos no perispírito que, alcançando o cérebro
físico na reencarnação seguinte, facultariam o
surgimento das fobias múltiplas, depressão e tantas
outras síndromes de ansiedades íntimas.
Cabe recordar que o processo terapêutico advém da força
espiritual do prisioneiro da depressão, quando
canalizada de maneira correta, sobre os alicerces da
educação do pensamento e da disciplina salutar dos
hábitos. É um embate sem tréguas, porém o esforço para
levá-la a termo construirá bases morais sólidas naquele
que se predispõe a realizá-lo.
Jesus, o psicoterapeuta por excelência, nos enviou como
legado um dos maiores tratados de psicologia da
História: a codificação espírita, cujos preceitos trazem
à memória humana a certeza de que, apesar dos açoites
aparentemente destruidores do destino, o homem precisa
conservar-se de pé, denodadamente, marchando, firme, ao
encontro dos supremos objetivos da vida, arrostando os
obstáculos como um instrumental necessário que Deus
envia às suas criaturas.
É um distúrbio associado à ocorrência da alteração de
substâncias como a serotonina, noradrenalina,
interferona e dopamina. Quando sua produção ou forma de
produção se altera pode gerar a depressão e daí para o
suicídio é uma porta escancarada.
O uso dos antidepressivos estabelece a harmonia química
cerebral, melhorando o humor do paciente, no entanto
eles cuidam simplesmente do efeito, pois os medicamentos
não curam a depressão em suas intrínsecas causas; apenas
restabelecem o trânsito das mensagens neuroniais,
melhorando o funcionamento neuroquímico do SNC (sistema
nervoso central).
Se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte
das moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da
alma. Isso porque com Jesus os reflexos do passado serão
apenas estímulos para nos entregarmos à lida renovadora
e profícua em prol das nossas existências porvindouras.
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