Desobsessão
O Espírito sem paz chora, clama, esbraveja,
Escarnece, injuria, agita-se, esconjura…
Fala o doutrinador com lógica e brandura,
Entram a sombra e a luz em súbita peleja…
Mais um dia… Outros mais… E aquele que apedreja,
Mergulhado no fel de estranha desventura,
Cede à força do amor e em lágrimas procura
Levantar-se por fim da treva em que rasteja!…
Um coração de mãe é convidado à liça…
Surge a reencarnação, promove-se a justiça…
Um berço… Um corpo novo… As correções austeras!
E a desobsessão, em sentido profundo,
Continua no lar, entre a escola do mundo
E a dor que nos redime os erros de outras eras!…
Do livro Poetas
redivivos, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.