Anotações no caminho
Não podes negar que o progresso no mundo te criou
exigências de todo porte.
Vivendo numa época dedicada ao culto da velocidade, em
que necessitas correr, mentalmente, no encalço das
horas, a fim de satisfazer aos próprios encargos, é
indispensável adotes a serenidade por suporte de todas
as decisões.
Quanto mais complexidade nos assuntos, mais compreensão
para clareá-los.
Quanto mais urgência, mais calma.
Imaginemos o corpo físico na posição do carro que
diriges.
Os preceitos de paz que asseguram a consciência
tranquila assemelham-se aos sinais do trânsito.
E as várias províncias do envoltório físico lembram
peças de constituição específica a exigirem cuidado para
que não se desgastem sem razão.
Aproveitemos o lembrete para fixar o respeito que nos
cabe às próprias condições e às condições alheias, de
modo a não nos perdermos em cogitações inúteis.
Em quaisquer circunstâncias, abstém-te de avançar no
regime da precipitação desnecessária.
Não atravesses, à frente dos companheiros, em ocasiões
nas quais semelhantes manobras são desaconselháveis.
Não exijas que os outros viajem na Terra em veículos
iguais ao teu, conformando-te com a realidade de que nas
estradas cada pessoa segue a seu modo.
Compadece-te dos irmãos do caminho que se mostrem
inábeis, imprudentes, distraídos ou disparados,
ignorando os perigos da rebeldia e da indisciplina.
Em suma, escora-te na paciência e exerce a tolerância,
amparando o próximo quanto puderes, de vez que
empregando a paciência e a tolerância, onde estiveres,
auxiliarás aos próprios Mensageiros da Providência
Divina para que eles também te possam auxiliar.
Do livro Janela
para a vida, obra
psicografada por Francisco Cândido Xavier.
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