A incansável busca pela cura
É plenamente reconhecido que os moradores do
condomínio Terra – uma das muitas moradas do Pai
– estão em média, doentes. As modalidades das
doenças são inúmeras, como exemplo, tome-se a Classificação
Internacional de Doenças (CID), base para
identificar tendências e estatísticas de saúde
em todo o mundo contendo cerca de 55 mil códigos
únicos para lesões, doenças e causas de morte.1
E, para destacar apenas um indicador em nosso
país, 52% das pessoas de 18 anos ou mais
informaram ter recebido diagnóstico de pelo
menos uma doença crônica em 2019.2
Não é preciso ser nenhum especialista para
concluir que a procura pelo tratamento destes
incontáveis tipos de mazelas é acentuada, com os
doentes batendo, desesperadamente, em todas as
portas se apresentando com promessas de
restabelecimento da saúde perdida.
Esta busca é mais do que natural e esperada,
pois quem gosta de sofrer as dores e incômodos
gerados por estas muitas moléstias?
Os profissionais das áreas médicas, fazem o
possível para sanar estas patologias, contudo,
apesar de profundos estudos e preparação nas
escolas médicas, nem sempre obtém sucesso
considerando que, de modo geral, investigam os
sintomas, ou seja, as consequências das
moléstias, desconhecendo que as origens das
disfunções corporais estão radicadas na mente e
no perispírito do ser humano e não apenas na
genética. E, em relação às psicológicas e
comportamentais, para atingi-las com êxito,
seria preciso compreender e aceitar a lei da
Reencarnação.
Privados deste conhecimento, regularmente
utilizam somente os muitos fármacos
disponibilizados pela poderosa indústria
farmacêutica, com seus incontáveis efeitos
colaterais, uma medida não muito alentadora para
os que estão sofrendo os efeitos da deterioração
do corpo biológico, pois às vezes, resolve de um
lado e deteriora de outro.
Esta linha de ação, com algumas exceções de
profissionais que já perceberam a importância de
uma mente sadia associada a um corpo são - lema
postulado antes da vinda do Cristo à Terra -,
ainda se encontra em aplicação, pelo menos no
Ocidente, mesmo que tenhamos atingido o século
XXI com seus inegáveis e surpreendentes avanços
tecnológicos em todas as áreas do conhecimento,
incluindo no vasto campo coberto pelas ciências
médicas.
De olhos fechados ao que aconteceu no século
XIX, continuam acreditando exclusivamente nos
bisturis e nas drogas, estas criadas em
velocidade surpreendente pela indústria
farmacêutica a cada nova descoberta de um
promissor composto químico.
Mas o que surgiu no século XIX, de tão
importante, particularmente na assim chamada
Cidade Luz – Paris?
Em meados deste século, deu-se início à
divulgação de uma Doutrina que possui o poder de
revolucionar o Mundo, em todos os setores e,
particularmente, na área médica. Descortinou
elementos capitais para bem compreender a
problemática humana no que tange as doenças.
Esta Doutrina colocou o Espírito imortal no
centro deste tema em análise, ao invés da
matéria, destacando que as degenerações
materiais e mentais que sofremos são todas
provocadas pelas condutas e pensamentos dos
próprios Espíritos, seja nesta existência, bem
como nas anteriores passagens pelas muitas
moradas do Pai.
Sendo assim, adoecemos porque ainda somos
doentes, e, se já houvéssemos conquistado a
sabedoria contida no mandamento áureo de Jesus: Amar
a Deus acima de todas as coisas e o próximo como
a si mesmo,
seríamos saudáveis, mesmo considerando os três
campos de atuação: físico, mental e social.
A nossa preocupação maior deveria ser sempre
pensar e agir visando apenas o bem, jamais o
mal, pois as vibrações geradas pelas más ideias
e condutas, contaminam as estruturas
perispirituais, predispondo este envoltório do
Espírito à, em futuras encarnações, formar
corpos doentes durante o processo da gestação,
como resultado, o indivíduo já nasce doente. Às
vezes o processo do adoecimento eclode ao longo
da existência, ainda causado pelo perispírito danificado.
Além deste mecanismo, o Espírito mantendo a sua
mente em desalinho, também provoca degenerações
no corpo ao logo de sua existência presente,
culminando com o aparecimento de moléstias e
patologias mil.
Sem atingir o cerne do problema, o bisturi
poderá remover o órgão doente, contudo o foco do
distúrbio não foi alcançado, e, com o passar do
tempo, outro setor do corpo adoecerá, traduzindo
as anomalias perispirituais pré-existentes.
Só há um caminho possível para restaurar a saúde
do Espírito: iniciar um programa de renovação
mental em paralelo a novo modo de viver na
família, trabalho e sociedade, estas duas
providencias podem restaurar, aos poucos, os vincos no
perispírito, bem como disciplinar o pensamento
que passará a ajudar no processo de refazimento
corporal.
Por esta razão é que o Espiritismo orienta no
sentido de que cada um deve providenciar a sua
renovação pessoal, o mais rápido possível,
processo mais conhecido por: reforma
íntima,
um desafio e tanto para entidades habituadas a
viver sob variados desregramentos.
Mudando profundamente a atmosfera psíquica,
podemos promover a nossa própria cura,
prescindindo em grande parte dos variados
fármacos, pois estes são usados para inibir ou
controlar, de modo geral, os sintomas, isto é
tanto verdade que muitos medicamentos são
prescritos para uso contínuo e por toda a vida,
contudo, se não houver sintomas a combater...
Entretanto, deve existir vontade férrea para
gradativamente eliminar as condutas perniciosas
tão em voga nestes intrigantes tempos modernos.
Em paralelo a esta mudança em nosso modo de
pensar e agir, se houver também o fortalecimento
da fé, poderemos mover as montanhas
representadas pelas muitas doenças, uma
verdadeira revolução em nossa jornada evolutiva,
e nos tornaremos Deuses da saúde, os novíssimos
Esculápios!
E não foi Jesus que disse: Vós sois deuses? (Jo
10, 34)
Referências:
1 LINK-1
2 LINK-2