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por Rogério Miguez

 

A incansável busca pela cura


É plenamente reconhecido que os moradores do condomínio Terra – uma das muitas moradas do Pai – estão em média, doentes. As modalidades das doenças são inúmeras, como exemplo, tome-se a Classificação Internacional de Doenças (CID), base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo contendo cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte.1

E, para destacar apenas um indicador em nosso país, 52% das pessoas de 18 anos ou mais informaram ter recebido diagnóstico de pelo menos uma doença crônica em 2019.2

Não é preciso ser nenhum especialista para concluir que a procura pelo tratamento destes incontáveis tipos de mazelas é acentuada, com os doentes batendo, desesperadamente, em todas as portas se apresentando com promessas de restabelecimento da saúde perdida.

Esta busca é mais do que natural e esperada, pois quem gosta de sofrer as dores e incômodos gerados por estas muitas moléstias?

Os profissionais das áreas médicas, fazem o possível para sanar estas patologias, contudo, apesar de profundos estudos e preparação nas escolas médicas, nem sempre obtém sucesso considerando que, de modo geral, investigam os sintomas, ou seja, as consequências das moléstias, desconhecendo que as origens das disfunções corporais estão radicadas na mente e no perispírito do ser humano e não apenas na genética. E, em relação às psicológicas e comportamentais, para atingi-las com êxito, seria preciso compreender e aceitar a lei da Reencarnação.

Privados deste conhecimento, regularmente utilizam somente os muitos fármacos disponibilizados pela poderosa indústria farmacêutica, com seus incontáveis efeitos colaterais, uma medida não muito alentadora para os que estão sofrendo os efeitos da deterioração do corpo biológico, pois às vezes, resolve de um lado e deteriora de outro.

Esta linha de ação, com algumas exceções de profissionais que já perceberam a importância de uma mente sadia associada a um corpo são - lema postulado antes da vinda do Cristo à Terra -, ainda se encontra em aplicação, pelo menos no Ocidente, mesmo que tenhamos atingido o século XXI com seus inegáveis e surpreendentes avanços tecnológicos em todas as áreas do conhecimento, incluindo no vasto campo coberto pelas ciências médicas.

De olhos fechados ao que aconteceu no século XIX, continuam acreditando exclusivamente nos bisturis e nas drogas, estas criadas em velocidade surpreendente pela indústria farmacêutica a cada nova descoberta de um promissor composto químico.

Mas o que surgiu no século XIX, de tão importante, particularmente na assim chamada Cidade Luz – Paris?

Em meados deste século, deu-se início à divulgação de uma Doutrina que possui o poder de revolucionar o Mundo, em todos os setores e, particularmente, na área médica. Descortinou elementos capitais para bem compreender a problemática humana no que tange as doenças.

Esta Doutrina colocou o Espírito imortal no centro deste tema em análise, ao invés da matéria, destacando que as degenerações materiais e mentais que sofremos são todas provocadas pelas condutas e pensamentos dos próprios Espíritos, seja nesta existência, bem como nas anteriores passagens pelas muitas moradas do Pai.

Sendo assim, adoecemos porque ainda somos doentes, e, se já houvéssemos conquistado a sabedoria contida no mandamento áureo de Jesus: Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo, seríamos saudáveis, mesmo considerando os três campos de atuação: físico, mental e social.

A nossa preocupação maior deveria ser sempre pensar e agir visando apenas o bem, jamais o mal, pois as vibrações geradas pelas más ideias e condutas, contaminam as estruturas perispirituais, predispondo este envoltório do Espírito à, em futuras encarnações, formar corpos doentes durante o processo da gestação, como resultado, o indivíduo já nasce doente. Às vezes o processo do adoecimento eclode ao longo da existência, ainda causado pelo perispírito danificado.

Além deste mecanismo, o Espírito mantendo a sua mente em desalinho, também provoca degenerações no corpo ao logo de sua existência presente, culminando com o aparecimento de moléstias e patologias mil.

Sem atingir o cerne do problema, o bisturi poderá remover o órgão doente, contudo o foco do distúrbio não foi alcançado, e, com o passar do tempo, outro setor do corpo adoecerá, traduzindo as anomalias perispirituais pré-existentes.

Só há um caminho possível para restaurar a saúde do Espírito: iniciar um programa de renovação mental em paralelo a novo modo de viver na família, trabalho e sociedade, estas duas providencias podem restaurar, aos poucos, os vincos no perispírito, bem como disciplinar o pensamento que passará a ajudar no processo de refazimento corporal.

Por esta razão é que o Espiritismo orienta no sentido de que cada um deve providenciar a sua renovação pessoal, o mais rápido possível, processo mais conhecido por: reforma íntima, um desafio e tanto para entidades habituadas a viver sob variados desregramentos.

Mudando profundamente a atmosfera psíquica, podemos promover a nossa própria cura, prescindindo em grande parte dos variados fármacos, pois estes são usados para inibir ou controlar, de modo geral, os sintomas, isto é tanto verdade que muitos medicamentos são prescritos para uso contínuo e por toda a vida, contudo, se não houver sintomas a combater...

Entretanto, deve existir vontade férrea para gradativamente eliminar as condutas perniciosas tão em voga nestes intrigantes tempos modernos.

Em paralelo a esta mudança em nosso modo de pensar e agir, se houver também o fortalecimento da fé, poderemos mover as montanhas representadas pelas muitas doenças, uma verdadeira revolução em nossa jornada evolutiva, e nos tornaremos Deuses da saúde, os novíssimos Esculápios!

E não foi Jesus que disse: Vós sois deuses? (Jo 10, 34)

 

Referências:

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita