Doemos um pouco de nós
“Dá
do que possas e tenhas, do que sejas e
representes, na convicção de que a tua
dádiva é investimento na organização
crediária da vida, afiançando os saques
de recursos e forças dos quais
necessites para o caminho. ‘Dá
e dar-se-te-á’ ― ensinou-nos o Cristo de
Deus. Unicamente pela bênção de dar é
que a vida de cada um de nós se
transformará numa bênção”. (Emmanuel,
no livro “Alma e coração”, psicografia
de Francisco C. Xavier.)
O doador é aquele que doa algo ou doa de
si mesmo a alguém que esteja em
necessidade. E, naturalmente, existem
múltiplas formas de se fazer uma doação.
E inegável o valor de uma dádiva
material em favor de um necessitado, mas
para fazer tal gesto precisamos possuir
algo para doar, sendo objetos ou
recursos financeiros, no entanto, em
determinadas condições podemos não
possuir o que ofertar, mas mesmo assim
podemos ser doadores.
Doemos gentileza, esse mecanismo capaz
embelezar qualquer ambiente em que
estivermos, criando amplas condições
para a serenidade e a leveza das
situações.
Doemos boa vontade, essa forma poderosa
que se bem utilizada pode mudar o mundo
ao nosso redor e oferecer
exemplificações para que outras pessoas
façam o mesmo.
Doemos amor, esse sentimento expressivo
e de suma importância, unindo corações,
abraçando os afetos que nos rodeiam ou
mesmo tolerando os desafetos, fazendo
emergir uma aura de esperança e alegria,
por onde passarmos.
Doemos fraternidade, essa mola
propulsora da caridade e do altruísmo,
que tantos benéficos podem oferecer aos
seres humanos, estejam eles em quaisquer
condições.
Doemos o tempo, esse rico patrimônio que
nos permite a execução de múltiplas
tarefas no bem, sempre em favor da
consolidação de uma sociedade mais
justa, fraterna e humana.
Doemos o trabalho, esse mecanismo
indispensável para que o homem viva com
dignidade, ganhando o seu próprio
sustento e criando condições de socorrer
aqueles, que por ventura, estejam
impossibilitados de se manterem na vida.
Doemos a paciência, essa virtude
valiosa, principalmente dentro dos
nossos lares, onde convivemos mais
amiúde com aqueles que a Providência
Divina colocou ao nosso lado, para
juntos colhermos a necessária maturidade
espiritual.
Doemos a compreensão e a tolerância,
esses valores imprescindíveis para uma
vida harmônica entre as criaturas,
entendendo que somos seres diferentes,
embora todos almejando a paz e a
felicidade.
Doemos humildade, esse sentimento tão
importante que nos permite entender que
não somos melhores e nem mais importante
que ninguém, permitindo que
compreendamos a necessidade de viver em
sociedade, mas com respeito e
consideração ao próximo.
Doemos justiça, essa virtude que nos
informa que perante a lei humana e a lei
de Deus temos os mesmos direitos e
deveres, cabendo a cada um realizar a
sua parte, independente se as demais
criaturas estejam cumprindo as suas
obrigações.
Refletindo, com maturidade, podemos
perfeitamente compreender que, em
quaisquer circunstâncias ou situações,
quando queremos, conseguimos ser
reconhecidos e importantes doadores,
contribuindo de forma decisiva para
edificação do mundo de paz e serenidade,
que é o sonho de todas as criaturas em
plena lucidez de raciocínio.
Reflitamos.