Artigos

por Waldenir A. Cuin

 

Doemos um pouco de nós


Dá do que possas e tenhas, do que sejas e representes, na convicção de que a tua dádiva é investimento na organização crediária da vida, afiançando os saques de recursos e forças dos quais necessites para o caminho. ‘Dá e dar-se-te-á’ ― ensinou-nos o Cristo de Deus. Unicamente pela bênção de dar é que a vida de cada um de nós se transformará numa bênção”. (Emmanuel, no livro “Alma e coração”, psicografia de Francisco C. Xavier.)


O doador é aquele que doa algo ou doa de si mesmo a alguém que esteja em necessidade. E, naturalmente, existem múltiplas formas de se fazer uma doação.

E inegável o valor de uma dádiva material em favor de um necessitado, mas para fazer tal gesto precisamos possuir algo para doar, sendo objetos ou recursos financeiros, no entanto, em determinadas condições podemos não possuir o que ofertar, mas mesmo assim podemos ser doadores.

Doemos gentileza, esse mecanismo capaz embelezar qualquer ambiente em que estivermos, criando amplas condições para a serenidade e a leveza das situações.

Doemos boa vontade, essa forma poderosa que se bem utilizada pode mudar o mundo ao nosso redor e oferecer exemplificações para que outras pessoas façam o mesmo.

Doemos amor, esse sentimento expressivo e de suma importância, unindo corações, abraçando os afetos que nos rodeiam ou mesmo tolerando os desafetos, fazendo emergir uma aura de esperança e alegria, por onde passarmos.

Doemos fraternidade, essa mola propulsora da caridade e do altruísmo, que tantos benéficos podem oferecer aos seres humanos, estejam eles em quaisquer condições.

Doemos o tempo, esse rico patrimônio que nos permite a execução de múltiplas tarefas no bem, sempre em favor da consolidação de uma sociedade mais justa, fraterna e humana.

Doemos o trabalho, esse mecanismo indispensável para que o homem viva com dignidade, ganhando o seu próprio sustento e criando condições de socorrer aqueles, que por ventura, estejam impossibilitados de se manterem na vida.

Doemos a paciência, essa virtude valiosa, principalmente dentro dos nossos lares, onde convivemos mais amiúde com aqueles que a Providência Divina colocou ao nosso lado, para juntos colhermos a necessária maturidade espiritual.

Doemos a compreensão e a tolerância, esses valores imprescindíveis para uma vida harmônica entre as criaturas, entendendo que somos seres diferentes, embora todos almejando a paz e a felicidade.

Doemos humildade, esse sentimento tão importante que nos permite entender que não somos melhores e nem mais importante que ninguém, permitindo que compreendamos a necessidade de viver em sociedade, mas com respeito e consideração ao próximo.

Doemos justiça, essa virtude que nos informa que perante a lei humana e a lei de Deus temos os mesmos direitos e deveres, cabendo a cada um realizar a sua parte, independente se as demais criaturas estejam cumprindo as suas obrigações.

Refletindo, com maturidade, podemos perfeitamente compreender que, em quaisquer circunstâncias ou situações, quando queremos, conseguimos ser reconhecidos e importantes doadores, contribuindo de forma decisiva para edificação do mundo de paz e serenidade, que é o sonho de todas as criaturas em plena lucidez de raciocínio.

Reflitamos.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita