Monstros que atacam a felicidade
Felicidade é sinônimo de harmonia interior e está muito
além de posses materiais, prestígio social, poder,
posses, autoridade. Esses são efêmeros, passageiros.
Aquela, para ser real, precisa ser conquistada
interiormente. Conforme indicação constante de O
Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item
23, a paz do coração é a única felicidade real deste
mundo.
A mesma obra, em seu capítulo VI – item 7 –, por sua
vez, igualmente qualifica e identifica como monstros destruidores
da felicidade, quatro das imperfeições morais que ainda
carregamos conosco: a) impiedade; b) mentira; c) erro;
d) incredulidade.
Note que as quatro imperfeições abrem larga janela de
considerações e desdobramentos que farão, com
facilidade, compreender aquela identificação. Para cada
uma delas basta analise-se os desdobramentos e
facilmente se perceberá como elas atacam a felicidade
que todo mundo busca. Deixamos ao leitor a reflexão do
que cada uma delas é capaz de fazer ao próprio autor e
os prejuízos que podem causar aos outros, gerando
pendências que exigem reparação posterior.
No processo de aprimoramento intelecto-moral, todavia,
pela reencarnação, temos a oportunidade viva dessas
reparações. As expiações (consequências das leviandades,
desacertos, escolhas descabidas e lesões a si próprio ou
ao próximo, em toda sua generalidade) se apresentam de
variadas formas, em diferentes graus, a depender da
pendência moral que nos cabe reparar, nos prejuízos que
causamos. Entre elas estão as deficiências físicas.
O espírito Vianney, em mensagem constante da mesma obra
acima citada, em seu capítulo VIII, item 20, a partir de
um exemplo de perda de visão a que foi chamado atender,
oferece um modelo de prece onde escreve: “Meu Pai,
curai-me, mas fazei que minha alma doente seja curada
antes das enfermidades do meu corpo; que minha carne
seja castigada, se preciso for, para que minha alma se
eleve até vós (...)”.
Note que numa análise, ainda que rápida, sobre a
felicidade, a indicação de Vianney e as imperfeições que
atacam a felicidade (acima enumeradas), percebe-se
claramente que a auto permissão daquelas imperfeições
gerará desdobramentos normalmente acompanhados da
expiação em sequência.
Conhecendo agora esses “monstros”, tratemos de
combate-los em nós, para que tenhamos sim compaixão,
sejamos verdadeiros, evitemos o erro e busquemos
construir a convicção sobre verdadeiramente o que é a
vida, cultivando a virtude da fé, fortaleza interior que
não temos como dispensar.
|