De mãos no bem
“Honrai a todos. Amai a Fraternidade.” (1ª Pedro, 2,17.)
Sabemos que o Cristo espera por nós, acima de tudo, ao
lado de nossos irmãos na Terra. Onde surgem dificuldades
e provas, ei-lo aí aguardando-nos a intervenção para que
o concurso fraterno se faça sentir de pronto.
Muitas vezes, porém, diante do companheiro teimoso e
rude, exclamamos, desalentados: — “já fiz tudo”, “agora
não posso mais…”
Entretanto Jesus não age para conosco em semelhantes
limitações.
Todos os dias somos amparados com segurança e tolerados
com largueza.
Estejamos, pois, dispostos a ofertar mãos cheias de
trabalho no templo do amor fraterno.
Cada momento é o ensejo de ajudar aos nossos irmãos de
luta, por amor ao Mestre que nos sustenta.
Decerto não somos convidados a favorecer os abusos que
nos visitam em forma de apelos à caridade, mas, ainda
aí, podemos auxiliar, com o silêncio e com a prece, as
vítimas da delinquência para que se desvencilhem das
trevas em que se afligem, encorajando-as com o nosso
testemunho de paciência e boa vontade.
Permaneçamos, assim, de almas voltadas para o bem
positivo e incessante.
Em nos levantando, cada dia, reparemos as dores e as
inquietações que nos cercam e ofereçamos mãos cheias de
serviço ao Senhor, na pessoa dos outros, guardando a
certeza de que, assim procedendo, recolheremos dos
outros o socorro espontâneo às nossas necessidades.
Do livro Segue-me, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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