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por José Reis Chaves

 

Com a evolução, as crenças se modificam


A evolução espiritual ou moral e a material não param. E podemos acelerá-las com uma ajudinha...

O primeiro sinal de um sentimento religioso demonstrado pelos seres humanos foi o do culto de adoração ou de veneração da pedra (litolatria), na Pré-História. Veneração é honrar alguma pessoa ou coisa. Já adoração é uma pessoa se humilhar ao máximo diante de Deus, se considerando nada perante Ele.

Há resquícios desse culto de adoração e veneração da pedra entre os católicos e os islâmicos de hoje. Entre os islâmicos, na Caaba, templo sagrado islâmico em Meca (Arábia Saudita), na qual fica a Pedra Negra, relíquia sagrada antiga, que não é adorada por eles, mas venerada, como os católicos que não adoram também seus santos, mas apenas os veneram. De fato, adoração é só a Deus e a Alá. E nos altares das igrejas católicas, o principal ou aquele em que se celebram as missas, há a chamada Pedra-D’Are, que fica oculta dentro de um orifício no meio do altar, e que tem também uma relíquia de um santo canonizado pela Igreja. E há o uso de colares de pedras entre os umbandistas.

Ouso dizer que esses cultos, certamente, é porque eles constataram que a pedra é de grande resistência e, pois, também, de longa e desconhecida duração, lembrando uma eternidade das eternidades... Porém, eles devem ter observado que a pedra não tem vida e intuíram que Deus é o Senhor da vida.

E, assim, eles evoluíram para a ideia das plantas a respeito de Deus (veneração botânica). Depois chegaram à zoolatria (veneração ou adoração de animais que têm vida e movimento). E, finalmente, chegaram à mitologia, misturando Deus com deuses humanos encarnados e desencarnados. E a própria Bíblia diz que nós somos deuses (Salmo 82: 6; e João 10: 34).  

Como se vê, as crenças evoluem mesmo. E o papa Francisco disse que a Igreja possui erros que ela precisa corrigir. Há umas doutrinas polêmicas no cristianismo, principalmente na Igreja, que precisaram virar dogmas para que continuassem existindo, e que, somente por serem assim, estão valendo até hoje... Elas estimulam o materialismo, principalmente no Primeiro Mundo.

Para mudar isso, é necessária uma hercúlea renúncia do ego das autoridades religiosas que as leve a uma humildade não menos hercúlea para que elas reconheçam seus erros e renovem o cristianismo. Essa humildade tem que ser tal qual aquela de que precisam os presidentes da Rússia e da Ucrânia para acabarem com a guerra que as assola...

E torçamos para que os cristãos se renovem mesmo e não levem para os nossos irmãos dos países africanos e outros, sobretudo aos não evoluídos o bastante, os velhos erros doutrinários cristãos com que nós fomos doutrinados durante séculos.
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita