Cuidar das
nascentes do
coração
Grande parte das
criaturas
humanas são
infelizes em
suas relações
afetivas.
Algumas nunca
encontram um
parceiro
adequado, e
outras só vão
encontrá-lo após
várias
tentativas
frustradas. Por
que isso
acontece? Por
que há tantos
desencontros no
amor?
Do ponto de
vista da
Doutrina
espírita,
podemos admitir
três situações
diferentes
relacionadas às
frustrações
afetivas.
Em uma primeira
situação, vamos
encontrar
milhares de
Espíritos
vivendo uma
existência sem a
presença de um
parceiro querido
por escolha
própria. São
almas que, antes
da atual
encarnação,
programaram para
si mesmos uma
existência
assim, com
objetivos
específicos.
Chico Xavier e
Madre Tereza de
Calcutá são dois
exemplos dessa
primeira
situação.
Em uma segunda
situação, vamos
encontrar
pessoas
infelizes no
amor em
decorrência de
erros graves,
cometidos em
encarnações
passadas. São
almas que
feriram corações
sinceros,
traíram
parceiros que
acreditaram
neles, ou
destruíram lares
respeitáveis.
Retornam em um
novo corpo e em
um novo contexto
existencial,
vivendo o clima
da desilusão
afetiva, para
cuidarem melhor
das nascentes do
coração,
aprendendo a
lidar com os
próprios
sentimentos.
Uma senhora me
contou seu
drama. Casada há
muitos anos,
nunca conseguiu
o prazer na
relação sexual.
Seu marido nunca
soube. Ela
fingia. E ela me
disse que
terminava a
relação,
virava-se para o
lado e se punha
a chorar
baixinho, de
frustração. São
abusos de ontem
gerando hoje
impostos de
carência.
E, finalmente,
em uma terceira
situação,
aqueles que são
infelizes na
vida afetiva por
responsabilidade
pessoal, por
terem assumido
um tipo de
comportamento
que afasta deles
pessoas que
poderiam
constituir uma
parceria
gratificante.
Um rapaz me
disse uma vez:
- A grande
frustração da
minha vida é não
encontrar um
relacionamento
profundo. Todas
as moças que se
aproximam de mim
querem apenas
diversão, sexo,
farra, bebidas.
Eu perguntei:
- E o que é que
você faz com
essas moças que
o procuram com
esse objetivo?
Ele respondeu,
prontamente:
- Ora, eu saio
com elas, me
divirto.
Eu, então,
concluí:
- É por isso que
você não
encontra um
relacionamento
profundo. Não
está aberto para
um
relacionamento
profundo.
Encontramos o
que buscamos.
Para encontrar
um
relacionamento
profundo, é
preciso buscar
um
relacionamento
profundo.
Mas buscá-lo no
local certo.
Buscá-lo, não
nos locais onde
o que conta é o
prazer
momentâneo, mas
buscá-lo nos
lugares onde se
cultiva a
verdade: na
universidade,
nos grupos de
arte e cultura,
nos grupos
religiosos, em
ONGs que se
preocupam com o
bem-estar
coletivo. Lá
estão as pessoas
dispostas a um
relacionamento
profundo e
gratificante.
E outra coisa:
não espere
encontrar o
parceiro
perfeito. O
parceiro
perfeito só
existe na cabeça
daquele que o
procura.