Renascença da alma
(Versos de carinho e gratidão a um chefe e amigo de
outras reencarnações, que hoje reencontrei, sob o amparo
de um manicômio.)
Lembro-te, Soberano, as incursões bizarras…
Ordenas invasões… Feres, vences, dominas!…
Deixas a estrada em fogo, os castelos em ruínas,
Agonia e pavor nas terras onde esbarras!…
Tudo a morte levou… Os troféus e algazarras,
As armas, os brasões e as tropas libertinas…
E encontrei-te, hoje, oh rei!… Clamas e desatinas,
Reencarnado no hospício a que, louco, te agarras…
Dói ver-te inerme, assim, lívido e descomposto
Na laje celular por trono de recosto!…
Mas louva as provações, ditoso por sofrê-las!…
Findo o resgate justo, um dia, tempo afora,
Terás de novo um reino e os amigos de outrora,
Nos impérios do amor, para além das estrelas!…
Do livro Poetas redivivos, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.