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por Waldenir A. Cuin

 

As imprescindíveis transformações


“E, na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.”
  Paulo (Hebreus, 12:11.)


Viajores de uma longa e espinhosa estrada, aqui chegamos trazendo conosco uma herança milenar, adquirida com a liberdade que tivemos. Atitudes, escolhas, deliberações e inúmeras decisões formam o patrimônio das nossas conquistas ou das nossas derrotas.

Vivenciamos uma enorme quantidade de encarnações e desencarnações, conforme deliberação das Leis Universais. Em cada uma das etapas experimentadas fomos montando a posição espiritual que ostentamos agora.

A nossa atual existência na Terra, essa valorosa e oportuna experiência, de curta duração diante da eternidade, se reveste de notável mecanismo de evolução e aprimoramento, que nos permitirá, uma vez bem aproveitada, que galguemos significativos degraus na escada do crescimento espiritual, pois que espiritual é a verdadeira vida.

As conquistas de ontem nos impulsionam para novas e valorosas aquisições, já os fracassos e as derrotas de outros tempos precisam ser reparados. Observando essa realidade, nasce a necessidade de empreendermos vigorosos esforços, buscando a substituição dos defeitos que já nos prejudicaram muito por virtudes que nos alçarão pelos caminhos seguros da sublimidade, na direção da angelitude a que todos estamos destinados.

Importante, então, decidirmos por “matar o homem velho que ainda mora em nós para fazer nascer um homem novo”, conforme sentenciou Paulo de Tarso. Somos então convocados a uma indispensável transformação, se realmente desejamos sair dos níveis inferiores em que ainda estamos para posições mais sublimadas.

A própria natureza nos exemplifica isso. O riacho, se desejar seguir seu curso na direção de um grande rio, precisa empreender esforços e coragem para abrir caminhos na terra, nas pedras ou na floresta. A semente para formar a árvore, que é o seu destino final, necessita de força para a total transformação no seio da cova escura. A árvore frutífera suporta com resignação o sacrifício das podas, com a proposta de gerar frutos. 

Assim também somos nós, criaturas humanas a caminho do nosso objetivo, ou seja, a conquista da paz e da felicidade que são os sonhos que povoam nossos pensamentos.

Em realidade, tudo o precisamos, com urgência, são as transformações.

Transformar o tempo que temos à disposição em ações úteis, valorizando as horas e os minutos, como sendo seguidas oportunidades de trabalho, em nosso favor e em favor da construção de uma sociedade mais justa, fraterna e humana.

Transformar a inteligência em humildade, entendendo que jamais conseguiremos ser felizes sozinhos e com isso neutralizando o egoísmo e o orgulho que tantos sofrimentos já nos causaram.

Transformar o nosso sentimento, canalizando-o para a fraternidade, o amor e o desprendimento, enriquecendo a convivência com aqueles que dividem a vida conosco.

Concluímos com Paulo de Tarso em sua carta aos Hebreus: “E, na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela”.

Hoje é tempo de plantio, selecionando as melhores sementes, amanhã, dia da colheita, teremos garantida safra de boa qualidade.

Reflitamos. 
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita