A semente do amanhã
E Jesus lhes disse: “Por causa de vossa incredulidade;
porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um
grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para
acolá, e há de passar, e
nada vos será impossível”. (Mateus, 17:20)
O plantio da semente da esperança é a prática que todos
nós devemos adotar. Obviamente nesse mister diário,
objetivamos obter adiante uma colheita promissora, já
que ninguém deve plantar uma semente sem esperar um
fruto saudável.
A princípio, para que a semente prospere é preciso que
tenhamos zelo atentando para as necessidades naturais da
semeadura. Tenhamos em mente, ainda que encontraremos
obstáculos quanto às oscilações naturais do tempo, que
poderão alterar o curso e desfecho desse plantio. É
nesse ponto que deveremos nos valer da paciência e
da perseverança, para que nunca desistamos dos
nossos bons propósitos.
Nesse contexto, poderemos analisar as nossas
potencialidades diante dos desafios da vida. Tal qual a
Natureza. todos nós sofremos alterações no âmbito das emoções e sentimentos, que
poderão ocasionar um certo desânimo, comprometendo a
continuidade do trabalho encetado. Nessa hora,
lembremo-nos do que diz León Denis, no livro O
Problema do Ser, do Destino e da Dor, Editora FEB,
2013, pg. 236: “A vontade é a maior de todas as
potências; é, em sua ação, comparável ao ímã. A vontade
de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos
recursos vitais; tal é o segredo da lei de evolução”.
A Doutrina dos Espíritos esclarece que somos seres
perfectíveis, e como tal, impõe-se que perseveremos
naquilo que buscamos alcançar. Conscientes dessa
necessidade jamais deveremos cultivar a fé vacilante...
Observemos no livro O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap. XIX: “Da fé vacilante resultam a
incerteza e a hesitação de que se aproveitam os
adversários que se têm de combater; essa fé não procura
os meios de vencer, porque não acredita que possa
vencer”.
Tenhamos, sim a firmeza da fé para consolidarmos a
esperança. A propósito, vejamos o contido no livro Coragem,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, por diversos
Espíritos, pg. 4:” Quando o desalento te ameace o
caminho, pensa nos outros, naqueles que não dispõem de
tempo para qualquer entrevista com o tédio”. (Emmanuel)
Consideremos sempre que somos espíritos com inúmeras
reencarnações, onde as imperfeições foram se acumulando
e hoje, temos um acervo de mazelas que conturbam o nosso
processo evolutivo levando-nos, ainda a padecer pelas
dores e sofrimentos.
Wanderley S. de Oliveira, no livro Reforma Íntima Sem
Martírio, pg. 61, nos diz: “Reforma íntima não é ser
contra nós. Não é reprimir e sim educar. Não é
exterminar o mal em nós, e sim fortalecer o bem que está
adormecido na consciência”. Jamais deveremos alimentar o
sentimento de culpa. Somos Espíritos à busca do
aprimoramento na escola da vida. Esse processo de
reeducação é longo e sem limites, já que Deus concedeu a
imortalidade do Espírito, facultando a todos nós um
universo de aprendizado.
A par disso e com a visão direcionada para o porvir,
usemos o bom senso para mantermos o nosso foco na
prática do bem, sabedores que somos de que assim agindo
e praticando a caridade teremos o único caminho para
alcançarmos a plenitude espiritual. Para cumprirmos esse
propósito redentor busquemos através do autoconhecimento os
pilares para a reforma íntima.
Citamos ainda o livro Seareiros de Volta, FEB
Editora, 1ª Edição, psicografia de Waldo Vieira, por
diversos Espíritos, pg.18, capítulo Fazer do Dever um
Prazer (Espírito Anália Franco): “Olha o íntimo de
ti e mede a extensão de «terreno interior» que consegues
alcançar na luz da fé renovadora que pensa, analisa e
conclui por si própria. Conserva a atitude de quem está
pronto a servir. Préstimo espontâneo revela desejo de
acertar”. (Reencarnação é um reinício; reforma íntima
deve ser o compromisso diário).
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