Emoção marca encerramento do 8º Congresso
Espírita do DF
Com o tema “o céu não desampara”, painel encerra
congresso espírita, levando palestrantes e participantes
às lágrimas.
Qual passagem bíblica poderia encerrar um evento
espírita com a presença de 500 pessoas e mais de 30 mil
e 500 visualizações pelo Youtube?
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O tema “As dores da
alma e o socorro dos céus” se encaixa perfeitamente com
a parábola dos 10 leprosos, lembrada |
pela palestrante Ana Tereza Camasmie (foto) durante o encerramento do 8º
Congresso Espírita do Distrito Federal, realizado entre
os dias 21 e 23 de abril, no auditório ParlaMundi no
Centro de Convenções da LBV, em Brasília, numa promoção
da Federação Espírita do Distrito Federal (FEDF). |
Haroldo Dutra Dias |
Ao lado de Adeilson Salles, Haroldo Dutra Dias, Saulo
César e Alberto Almeida, os principais expoentes
espíritas do evento, Ana Tereza recordou a passagem
bíblica em que Jesus cura 10 leprosos, mas apenas um
retorna para agradecer. Nesse momento,
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Adeilson Salles |
prostrado aos pés de Cristo, em profunda
reverência e gratidão, o olhar do homem alcançou
o olhar misericordioso de Jesus e ele foi salvo. |
“Houve ali um momento de cura profunda, quando ele
levanta os olhos e seus olhar se cruza com o de Jesus.
Nenhum de nós gostaria de passar pelos momentos de dor
que passamos, mas se estivermos gratos por isso,
poderemos encontrar ali oportunidades para ver a face de
Jesus”, afirmou a palestrante.
A dor como instrumento de cura e busca espiritual também
foi lembrada por Haroldo Dutra durante o painel de
encerramento. “Emmanuel tem uma expressão: ‘A mão
niveladora da dor’... A dor te despoja de todos os
títulos, de todos os talentos, no momento da dor você é
apenas criatura”, lembrou o expositor.
Ainda que o papel elucidativo da dor tenha permeado as
exposições de encerramento dos palestrantes, a tônica
entre plateia e público era de gratidão e alegria. Em
lágrimas, Alberto Almeida lembrou uma passagem dolorosa
de sua vida, quando atropelou uma criança de cinco anos
que veio a falecer logo depois. “Naquele momento eu
recebi uma comunicação de um espírito amigo que me
disse: ‘Meu filho, há duas portas de acesso aos
processos obsessivos, uma é a culpa e a outra é
vitimização. Você não foi culpado pelo acidente, mas
você também não é vítima’”, relatou ele, afirmando que
dali em diante tornou ainda mais firme seu compromisso
de atender crianças em situação de vulnerabilidade
social. “Muitas vezes queremos que o socorro do céu
desça à Terra, mas a convocação do Espiritismo é que a
Terra suba aos céus. Não é que os espíritos se
materializem, mas que nós nos espiritualizemos”,
convocou.
Também lembrando períodos difíceis em que a
espiritualidade se fez presente, Adeilson Salles relatou
se sentir “atravessando um deserto” em determinado
período de sua trajetória, mesmo sendo autor de 90
livros publicados. “Nessa época eu me lembrei de uma
mensagem que recebi anteriormente, que dizia: Seja dócil
e nunca te esqueças, quando faltarem braços humanos, os
braços do Cristo estarão sempre abertos para você”,
contou Salles, estendendo a mensagem a todos os
presentes: “Os braços de Cristo estão sempre abertos
para todos nós”, concluiu.
Por fim, Saulo César destacou a necessidade de levar os
ensinamentos do Congresso adiante. “Quando chegamos ao
final de um evento como este, muitas coisas ficam em
nossa mente, muitas informações, muitas coisas que
ouvimos, mas o grande desafio é como vamos nos portar
quando cruzarmos aquela porta de saída, quando voltarmos
para as nossas casas, nossas famílias, nosso trabalho”,
refletiu.
A íntegra da última
exposição do 8º Congresso Espírita do DF pode ser acessada
clicando neste
link
As inscrições para o 9º
Congresso Espírita do Distrito Federal já estão abertas.
Não perca essa oportunidade. (*)
(*) Para saber mais sobre o 8º
Congresso Espírita do DF, clique
aqui
Ana Beatriz Guimarães colaborou
como jornalista voluntária do 8º Congresso Espírita do
DF.