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por Altamirando Carneiro

 

O progresso das gerações


Em todas as gerações que povoaram a Terra sempre existiram os que desejam a paz e não a guerra. O que é necessário para que o homem seja feliz, na Terra?

Baseando-se no capítulo de XVIII - Os tempos são chegados - em que Kardec trata dos sinais dos tempos e da nova geração em seu livro A Gênese, a felicidade completa é própria dos mundos elevados, moradas dos Espíritos puros. Na Terra, que é um mundo de expiação e provas, temos uma felicidade relativa.

A Terra está marchando para ser um mundo de regeneração. Nesta marcha, muitos Espíritos encarnam e desencarnam no planeta. Para que a felicidade sobressaia, é necessário que o planeta seja povoado de bons Espíritos, que somente queiram fazer o bem.

Neste vaivém de Espíritos, os que praticam o mal pelo mal serão excluídos da Terra, pois seu retorno traria novamente perturbações, o que seria um obstáculo ao progresso. Alguns desses Espíritos expiarão seu endurecimento em mundos inferiores, outros entre povos atrasados, a quem levarão os conhecimentos já adquiridos com a missão de fazer com eles progridam. Na Terra, serão substituídos por Espíritos melhores, que trabalharão para a justiça, a paz e a fraternidade.

Assim, compreende-se que não será por um cataclismo, como muitos dizem, que virá a transformação da Terra. As gerações desaparecerão e se sucederão gradualmente, sem que, para tanto, se mude a ordem das coisas e, em lugar de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, encontrará um Espírito adiantado e inclinado ao bem. Será, pois, uma nova geração de Espíritos. É nesse sentido que Jesus disse: “Em verdade vos digo que esta geração não passará sem que estas coisas aconteçam.”

Se considerarmos o progresso da Humanidade, desde que o homem existe até agora, constataremos que essa marcha se processa lentamente, pois o progresso cultural, a sabedoria do homem, sempre marcham à frente do progresso moral.

Podemos dizer simbolicamente que, como os pássaros, temos duas asas: a do conhecimento e a do amor. Temos que lutar para que elas cresçam igualmente para que tenhamos equilíbrio. Nem o conhecimento à frente do amor, nem o amor à frente do conhecimento.

Há pessoas que dizem: “De que adianta ser bom, se meu vizinho, meu parente, meu colega não o são?” Não devemos pensar assim. Tudo o que fizermos de bom é uma contribuição valiosa para a melhoria da sociedade.

Ao verificarmos o recrudescimento da violência na Terra, muitas vezes tem-se a impressão de que o mal predomina. No entanto, há muitas coisas boas acontecendo. O que ocorre é que os maus são intrépidos, ao contrário dos bons, que são pacatos e recatados. Mas, se os bons quiserem, farão uma verdadeira revolução na face da Terra, haja vista as transformações que acontecem, no dia a dia, em todo o mundo, mostrando que o mal jamais prevalecerá.

Acrescente-se que a Humanidade jamais poderia progredir se tivéssemos somente uma única existência corpórea. Nesse caso, não haveria razão para que o homem fosse hoje mais adiantado que nas épocas passadas. Ao contrário, voltando à vida corpórea com o progresso que já realizou e adquirindo alguma coisa a mais de cada vez, o progresso se faz célere, de uma geração para outra. 

 
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita