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por Cláudio Bueno da Silva

 

Música solidária


A música é talvez a mais bela expressão da arte humana, e creio também a que melhor e mais rapidamente se comunica com os homens. Em qualquer estilo ou ritmo ela se insinua no espírito promovendo reações imediatas e curiosas.      

Uma criança que sofre num quarto de hospital abrirá um sorriso se ouvir uma canção alegre. Um velhinho desmemoriado balançará o corpo se de alguma maneira reconhecer a música que embalou a sua juventude. O triste, o esquecido, o indiferente, o sensível, todos a seu modo, serão levados a algum lugar, a alguma situação vivida no tempo, pela melodia que marcou suas vidas.

A música, como nenhuma outra manifestação dos sentimentos humanos, tem o poder de transportar a alma e mudar seu estado de ânimo. É reconhecida a sua influência no abrandamento dos costumes e sua eficácia em terapias emocionais.

A música produzida na Terra ainda tem o selo das paixões humanas, atendendo a compreensíveis interesses populares. No entanto, muitos espíritos têm reencarnado aqui deixando obras-primas que resistem ao tempo, revelando um pouco do que seja a música superior.

Tanto os gênios da música aprimorada quanto os trabalhadores da canção popular séria possivelmente assumiram, antes de reencarnar, o compromisso de auxiliar o desenvolvimento da cultura e sensibilidade humanas, ainda tão heterogêneas entre nós.

Exceto com as canções e modismos de gosto duvidoso que o senso crítico sabe reconhecer e banir, a música tem importante papel na vida humana pela ação que exerce sobre a alma e o seu progresso moral.

O Espiritismo é valioso auxiliar da arte musical na medida em que os compositores, sob sua forte influência, se proponham a produzir música de qualidade, que toque o coração, avive o sentimento e estimule a inteligência.

Música é energia, é vida, é evolução! A música é solidária.
 
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita