Mineiro de São João do Paraíso e residente em
Montes Claro, no mesmo estado, Wanderlino
Arruda (foto) tem graduação em Letras e
Direito. Tendo atuado no Magistério e também
como bancário, próximo de completar 89 anos,
concluiu pós-graduação em Linguística,
Semântica, Literatura Brasileira, Especialização
em Comunicação Social e Metodologia de Ensino
Superior. Vinculado à Fraternidade Espírita
Canacy, na cidade onde reside, instituição que
já dirigiu por três mandatos, integra atualmente
o Conselho. Palestrante, escritor, poeta e
membro de várias instituições educativas e
literárias, recebeu também várias homenagens,
medalhas e títulos por sua atuação
histórico-cultural-social na cidade.
Entrevistamo-lo sobre sua rica experiência:
Como ocorreu sua aproximação com o Espiritismo?
Aos quinze anos, em Taiobeiras-MG, em conversas
com amigos espíritas e leitura de romances
psicografados. Em Montes Claros, desde a minha
chegada em 1951, com muitas leituras espíritas.
Casamento em 1957, com Olímpia, de família
espírita, o contato com a Doutrina ficou bem
acrescido. Em 1957, Centenário do Livro dos
Espíritos, depois de uma palestra comemorativa,
a decisão de frequência na Fraternidade Espírita
Canacy, a mais antiga de Montes Claros. Fui,
algum tempo depois, o primeiro palestrante da
instituição. Falei durante três longas horas,
acredito, tudo que eu sabia do Espiritismo e dos
seus grandes líderes.
Que aspecto doutrinário mais lhe chama atenção?
O didático-pedagógico, no tríplice aspecto de
ciência, filosofia e religião. Não vejo em
qualquer outra religião a segurança no ensino de
postulados, nas informações de princípios, na
lógica da argumentação. Uma doutrina que não tem
nada a simular ou esconder, pois claríssima em
seus postulados e na prática. Nenhuma outra
dispõe de tanta literatura, inclusive na
qualidade. Nossos mentores e cronistas
espirituais – pela psicografia ou pela
psicofonia – agem com um conhecimento de causa
acima do comum. Não apenas com teorias, mas com
informação direta do Mundo Espiritual, de uma
forma de quem realmente sabe das coisas, no hoje
e no amanhã.
Como surgiu o interesse pelos aspectos
históricos, especialmente geográficos, de vultos
e personalidades espíritas?
Sempre através das leituras e do acompanhamento
de palestras, além da observação direta em
contato com a espiritualidade competente. Vivo
um momento de muitas pesquisas, em vista da
formatação e gravação de palestras sobre
fenômenos, ação espiritual e das figuras
proeminentes do setor. Até do antes e depois de
Kardec e seus contemporâneos.
Quantos livros publicados? Pode citá-los, por
favor.
Publiquei agora em 2023 dois livros de poemas:
SALMOS REVIVIDOS, com base nos textos dos Reis
David e Salomão, e POESIA MULTICOR, com pequenos
poemas, no âmbito geral, mais de inspirações
sobre a vida em família e a prática do bem,
aspectos da fé, esperança e amor. Publiquei um
livro: “História do Livro dos Espíritos”, com
lançamento no final de uma palestra que proferi
em Dallas, USA.
Seu material onde está disponível para visita
dos leitores? Cite as plataformas digitais.
O site principal é o www.wanderlino.com.br
No YouTube, Instagram, Facebook e até no TikTok,
basta procurar por Wanderlino Arruda.
Fale-nos de sua vertente poética.
Há predominância de temas como amor e saudade.
Ultimamente, muito de espiritualidade,
principalmente com referências diretas e
indiretas às vidas sucessivas e ao progresso
espiritual. Nenhum elemento negativo.
Como palestrante, qual sua percepção do
movimento espírita e da própria Doutrina
Espírita?
Depois da pandemia de Covid-19, a mídia
eletrônica está ganhando o máximo de terreno,
ampliando muito os horizontes de quem quer
estudar e produzir conteúdo.
De suas vivências com a atividade espírita, o
que gostaria de destacar?
O de dirigente de reuniões de estudos e o de
palestrante, presencial e on-line.
Das emoções vividas com tais vivências, qual
gostaria de relatar?
Muito emocionante a minha palestra para irmãos
residentes em Dallas, USA, alguns já meus
conhecidos, em vista da amizade com o meu filho
João Wlader, residente lá há um bom tempo.
Confesso que tem sido muito gratificante para
mim os convites para eu falar aos irmãos do Rio
de Janeiro, e em extensão a todos os Brasil,
pois evento retransmitido por canal de televisão
e outros meios.
Algo mais a acrescentar?
Chegando bem próximo dos 89 anos (3/9/1934),
rogo ao Bom Deus me conceda mais um tempo de
atuação, dentro das condições que consigo fazer,
ou seja, com o máximo de didática e informações.
Suas palavras finais.
O mais fraterno abraço ao irmão Orson e aos
irmãos da sua equipe e aos que os acompanham
direta e indiretamente.
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