Natural de Niterói (RJ), onde também reside,
tendo cursado a EBA-Escola de Belas Artes na
UFRJ, Marcelo Tibúrcio Vanni (foto) vincula-se
ao movimento espírita da cidade, onde atua como
colaborador. Como ilustrador tem-se dedicado a
uma forma diferente de divulgação espírita,
através de pequenos gibis, muito acessíveis.
Acompanhe suas respostas:
Como conheceu o Espiritismo?
Eu cheguei ao Espiritismo por causa de problemas
de saúde na família.
Que aspecto no Espiritismo mais lhe chama
atenção? Por quê?
Acho que é a empatia. Sempre me sinto acolhido
nos centros.
Como surgiu a ideia dos quadrinhos espíritas
para divulgar a doutrina?
É uma história comprida. Eu queria muito ajudar
a causa com o meu trabalho, então procurei um
meio que me era familiar, um jornal (O Correio
Espirita) e me ofereci para ajudar. Com o tempo
passei a colaborar ilustrando artigos como os da
Doris Gandres. Em um determinado momento o
editor Saulo de Tarso quis que produzíssemos uma
página só com passatempos e assim foi feito, e
certo dia sugeri colocar cartum e depois as
tiras. Então, assim sem saber de nada, peguei
textos do Irmão X e comecei a quadrinizar. Ficou
muito bom, eram histórias muito boas, então
construí um blog chamado Quadrinhos do
Invisível, no qual eu publicava as tiras depois
que saíam no jornal. Eu fiz acho que umas 15
tiras em 15 meses... então acreditei que poderia
quadrinizar Nosso Lar e busquei a FEB
para obter uma autorização, mas não consegui.
Mas fui informado por eles mesmos que as obras
básicas com tradução do Guillon Ribeiro eram de
domínio público. Eu poderia usá-las então. Daí
criei o primeiro Quadrinhos Fraternos, com o
texto Benemerência do evangelho. Para imprimi-lo
eu vendi anúncios nos rodapés, para o Correio
Espírita e outras instituições. E saiu o
primeiro número impresso. Era 2017.
Onde o leitor pode encontrar esse material
digitalmente?
Eu vendo gibis em papel. Envio pelo correio para
todo o Brasil. Mas vendo os pdf dos passatempos
porque são descartáveis então são mais úteis às
casas se elas puderem imprimir de forma
doméstica conforme a necessidade.
Como tem norteado a elaboração desse conteúdo?
Só posso trabalhar com domínio público. Então
estou sempre no Evangelho ou em O
Livro dos Espíritos. Eu faço o Evangelho no
lar faz muitos anos e lendo e relendo eu marco
as passagens que podem dar bons gibis e assim
vou escolhendo.
Você mesmo faz todo o trabalho, inclusive
ilustrativo, ou conta com outras pessoas?
Eu faço tudo, mas muitas vezes minha esposa me
ajuda na parte braçal, de separar gibis par
enviar, o correio vem buscar aqui em casa e
assim vou enviando os pedidos.
As publicações são impressas ou apenas virtuais?
Os gibis são impressos, mas os passatempos dados
ao custo da impressão eu disponibilizo em PDF.
Alguns gibis eu transformei em vídeos no YouTube
– para acessar, clique
aqui-3
Dessa experiência, o que gostaria de destacar?
Eu recebo uma atenção muito grande dos leitores.
E é curioso porque, como sou ilustrador, sempre
lidei com todo tipo de pessoas, mas no
Espiritismo eu sempre me alegro com o que vivo
nas relações com os leitores e clientes.
De suas vivências com o Espiritismo, qual
gostaria de relatar aos leitores?
Apesar de não ser de família espírita eu sempre
acreditei na sobrevivência dos espíritos. Meu
pai me contava de uma forma muito natural que
certa feita ele precisava resolver um problema
técnico de seu trabalho (ele era um sapateiro) e
sem saber como fazer um serviço encontrou-se com
meu avô em desdobramento e esse lhe ensinou o
serviço (meu avô havia morrido, mas não havia
contado a ele como fazer em vida) em sonho. Meu
pai acordou no dia seguinte e foi à loja e fez
um trabalho que ele não sabia fazer, mas o meu
avô contou a ele em sonho. Então apesar de um
medo inicial eu me adequei feliz à doutrina.
Algo mais que gostaria de acrescentar?
O Quadrinhos Fraternos pretende preencher uma
lacuna que é fornecer um material de divulgação
e doutrinação espírita de fácil assimilação,
atraente, fiel aos textos originais e que seja
passível de chegar a qualquer lugar, por isso é
um gibi fininho de 4 páginas. Para não cansar o
leitor, pode ser usado em uma hora de aula, por
crianças de baixa escolaridade, surdos e público
em geral. Também, porque sendo leve paga menos
correio e pode ser enviado pelo Brasil. Por ser
barato, R$ 2,00 cada, qualquer evangelizador
pode adquirir mesmo que esteja num recanto
remoto do Brasil. O Gibi não precisa de luz
elétrica, radio ou tv, celular para ser usado.
Funciona em qualquer lugar. Então a pretensão
minha é conseguir chegar a mais pessoas pelo
menor custo de forma fiel ao Pentateuco.
Suas palavras finais.
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Disney, então é comigo mesmo que os leitores
falam pela internet.
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