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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

A casa acolhedora 


(...) Então Jesus disse a Simão: "Não tenha medo; de agora em diante você será pescador de homens". (Lucas 5:10.)


A Casa Espírita é um ancoradouro das almas em sofrimento. Regra geral, os que lá aportam estão necessitados do apoio que venha minimizar suas angústias. Sempre a dor e o sofrimento são os indicadores que levam as criaturas a procurar ajuda na Casa Espírita.

A propósito, citamos texto do escritor e psiquiatra Viktor Frankl, do livro Em Busca de Sentido, pg. 3: “A vida é sofrimento, e sobreviver é encontrar significado na dor, se há, de algum modo, um propósito na vida, deve haver também um significado na dor e na morte. Mas pessoa alguma é capaz de dizer o que é este propósito. Cada um deve descobri-lo por si mesmo, e aceitar a responsabilidade que sua resposta implica”.

Esse trabalho de acolhimento, tão nobre e edificante, faz parte das atribuições dos trabalhadores da Casa Espírita, que seguem o Evangelho de Jesus como o caminho de luz a ser percorrido por todos nós. É importante ressaltar que aqueles necessitados precisam ter consciência de que a transformação pessoal é que lhes trará a cura dos males que os afligem.

Como sabemos, a "semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória". Pela lei de causa e efeito, estamos todos envolvidos pela misericórdia de Deus, que nos faculta em cada reencarnação resgatar os erros do pretérito. Esse acolhimento e o tratamento realizado despertam as consciências adormecidas e descortinam horizontes de luz, até então despercebidos por muitos que buscam auxílio na Casa Espírita.

Nesse processo é preciso que haja antes de tudo vontade para o enfrentamento daquilo que os atormenta, aliada à fé e à esperança no êxito esperado. Trata-se, também, do esforço pessoal de cada um buscando o melhoramento no âmbito dos pensamentos que induzem ao comportamento diário. É nesse mergulho interior que encontrarão as mazelas da alma que fustigam suas vidas, cujas repercussões negativas atingem a saúde física e mental.

Com a intenção precípua de praticar a caridade, estamos sempre acolhendo “almas” sofridas e carentes do Evangelho de Jesus, que virá trazer a elas a resignação, o consolo e o caminho necessário para o aprendizado na escola da vida no orbe terrestre.   

No labirinto que emoldura os segredos do Espírito é que resplandecerá a luz que falta para que seja alcançada a desejada depuração. Sem essa busca interior de nada adianta o esforço dos que fazem a Casa Espírita, já que possuem como função orientar e auxiliar a renovação interior do paciente sob tratamento. É nesse caminhar árduo e contínuo que surgirá a libertação das algemas que criamos para nós mesmos.

Reportamo-nos, por oportuno, ao livro O Centro Espírita, Editora Paidéia, pg.45, de J. Herculano Pires: “O Espiritismo nos consola como o fez o Cristo, provando aos seus discípulos que cada um de nós é um ser imortal, de natureza divina, que nasce para morrer, pois a morte é o fim do aprendizado terreno, de maneira que morremos para ressuscitar em plano superior, a fim de prosseguirmos a nossa evolução em condições mais favoráveis”.

O Centro Espírita Caminhando Para Jesus, ao completar 72 anos de existência, no dia 21 de junho, realiza o seu papel altruísta à luz do Evangelho de Jesus, no contexto da Doutrina dos Espíritos que nos revelaconsola e redime(Na vida escolhemos as sementes e, mais adiante, a responsabilidade cobrará a colheita.)

 

  

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita