Vencendo o mal com o bem
Diante de tanta maldade presente no Mundo, alguns creem
que o mal vencerá inexorável.
Diante de tantos desacertos vividos pela humanidade,
alguns creem que não há conserto para os humanos.
Diante de tantas mentiras espalhadas aos quatro ventos,
alguns creem que a verdade não triunfará.
Diante de tamanha violência experimentada pelas famílias
no dia a dia, alguns creem que não será possível obter
conciliação no âmago familiar.
Diante de tantos sofrimentos experimentados por todos,
alguns creem que o rio de lágrimas jamais secará.
Diante de tantos corpos doentes, alguns creem que o
homem jamais desfrutará da saúde integral.
Diante de tanta fome espalhada nos quatro cantos da
Terra, alguns creem que em tempo algum seremos saciados.
Diante de tanta ignorância ainda vivida no seio da
humanidade, alguns creem que em nenhum momento o homem
conhecerá a sabedoria.
Diante de tantas guerras se sucedendo ininterruptas ao
longo de nossa História, alguns creem que a paz jamais
prevalecerá.
Diante de tanta descrença defendida no seio das
sociedades, alguns creem que de modo algum o Reino dos
Céus se fará presente na nossa amada Terra...
Isto tudo ocorre, pois os Espíritos habitando esta
generosa Mãe-Terra, até agora, ainda não entenderam que
continuamos desviados do caminho do bem por opção
própria, e isto ocorre desde quando alcançamos a
condição de dar os primeiros passos no brioso reino
hominal.
E, satisfeitos com a vivência destas condutas, muitas
equivocadas, outras indecorosas, inúmeras imorais,
algumas mesmo tresloucadas, continuamos alegremente a
privilegiar estas atitudes, tornando esta dadivosa
morada do Pai um verdadeiro inferno para a grande
maioria.
Felizmente, esta aparente realidade, vislumbrada e
temida pelos aflitos e estropiados do mundo moderno - e
são incontáveis -, não corresponde aos desígnios do Pai
de Amor, pois Ele nos criou para que brilhássemos e não
para que vivêssemos nas trevas da escuridão.
E a mudança deste cenário apocalíptico depende de todos
nós, os ainda orgulhosos e altivos humanos, que
impiedosamente imperamos sobre os reinos inferiores da
Terra, e mesmo sobre o próprio Orbe, crendo que, como
vitoriosos sobre a Natureza, nos cabe explorá-los à
exaustão.
Enquanto não decidirmos deixar para trás, por completo,
o nosso lado sombra, abandonando definitivamente nossos
castelos de areia erigidos sobre a vaidade, cobiça e o
egoísmo com que ainda nos encharcamos, não haverá
solução em curto espaço de tempo, e, por hora, será
necessário continuar convivendo com muito choro e ranger
de dentes, condições que impedem a instalação da plena
felicidade nestes rudes tempos.
Agindo consoante a diretriz do Evangelho, tenhamos a
certeza de que as tormentosas labaredas do inferno serão
em definitivo substituídas pelas doces delícias do céu.
E o melhor roteiro a seguir para espantar o mal de nosso
cotidiano será praticar o bem, no limite de nossas
forças, pois sempre seremos responsáveis, tanto pelo mal
que fazemos, bem como pelo mal que surgir do bem que
pudemos fazer e conscientemente não fizemos.
Vençamos o mal, pois quanto mais cedo ele for derrotado,
mais depressa poderemos voltar a sorrir com alegria e
prazer, justificados pela consciência tranquila que
surge como resposta ao justo cumprimento dos deveres,
relegando as lamúrias ao passado que, hoje tão
presentes, nos cercam de tanta dor, amargura e
angústias.
Sempre oportuno lembrar que Jesus veio, há bom tempo,
mostrar aos homens o único e verdadeiro caminho do bem;
aliás, recordando aqueles memoráveis tempos, não foi
este singular carpinteiro que disse: Brilhe a vossa
luz!?