Começar... e ver a vida
melhorar
Mais que um lazer, a
leitura é fundamental.
Ela estabelece a relação
do homem com o mundo. As
pessoas que leem
habitualmente (não as
que apenas sabem ler, o
que é diferente) darão
maior consistência
àquilo que se propõem
fazer na vida.
Muitos associam a
leitura tão somente às
questões práticas da
vida, à escola, à
profissão etc. Contudo,
ela pode ser muito
prazerosa, e sem o peso
da obrigação trazer ao
espírito conforto e
conhecimento.
O gosto pela leitura,
dizem os especialistas,
vem da criação de um
hábito que pode começar
na infância ou mesmo na
idade adulta. Muitos não
leem por falta de
estímulo, ou por
preferirem outros
afazeres.
Uma boa leitura deve ser
feita com calma,
atenção, se possível num
clima de silêncio, para
que se possa compreender
o que se lê. Não basta engolir palavras
apressadamente,
desprezando o que o
texto possa oferecer nas
entrelinhas.
É grande a satisfação
quando interagimos com
um bom texto, degustando
ideias e estilo,
trabalhando os
sentimentos e a
inteligência a ponto de
termos a sensação de
estarmos melhores, um
pouco mais completos
após a leitura bem
feita.
Os educadores consideram
a leitura essencial,
inclusive para se falar
e escrever bem. No
Brasil as estatísticas
mostram que se lê pouco.
A comparação com os
números de países da
Europa deixa o nosso
país muito atrás. Há
fartas pesquisas sobre
isso na internet.
Os especialistas apontam
inúmeras razões para os
baixos índices,
relacionando-os com as
questões econômicas e as
diretamente ligadas à
área da educação
deficiente e às vezes
ineficiente. Fala-se da
falta de tradição de
leitura e também das
raízes culturais do
nosso povo como fatores
desencadeantes do
desinteresse pelo livro.
São algumas faces do
problema.
Uma antiga pesquisa do
Instituto Pró-Livro
(2012) mostrava que o
“brasileiro reconhece
importância da leitura,
mas prefere outras
atividades”.
É preciso considerar
agora, como agravante da
questão, o verdadeiro
fascínio que as mídias
digitais exercem sobre
as pessoas com a
gigantesca e acelerada
expansão da internet,
mais ou menos a partir
dos anos 2.008, e que
alterou profundamente o
modo de buscar
informação, conhecimento
e distração. E é notório
que se dá maior ênfase
para esta última opção.
Com a irreversibilidade
do avanço tecnológico, a
produção cultural
através do livro terá
que continuar buscando
alternativas para se
manter.
Apesar de tudo, a
leitura continuará
fascinando o homem. E
convenhamos, nada
substituirá a intimidade
que se estabelece entre
o leitor e a obra
escolhida para ser
decifrada, digerida...
Nada substituirá a
emoção e a curiosidade
que a leitura
proporciona, seja física
ou virtual.
Sei de pessoas que eram
refratárias à leitura e
que depois da primeira
experiência se tornaram
leitoras frequentes. É
questão de começar para
ver a vida melhorar.
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