Vigiando e orando
“Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as
aflições, faze o trabalho de evangelista, cumpre
cabalmente o teu ministério.” —
Paulo (II Timóteo, 4:5)
Em nos reportando aos obreiros do Senhor recordemos que
uma espécie existe que, sem dúvida, trabalha e sem
dúvida produz algo; entretanto, vive sempre em posição
deficitária e por vezes estraga aqueles companheiros que
se lhes aproximam, quando frágeis na fé.
Onde estejam, são para logo identificáveis porque
servem, mas servem debaixo de condições especialíssimas,
tais quais sejam:
onde querem;
como entendem;
quando se vejam dispostos;
tanto quanto se determinam;
na faixa de ação em que não se sintam incomodados;
com quem gostam;
com as ideias que lhes agradem;
com os recursos que venham a escolher;
como julgam melhor;
nas conveniências que lhes digam respeito;
desde que se lhes satisfaçam as exigências; e
desde que ninguém os critique nem contrarie.
Um companheiro assim assemelha-se a um servidor
meio-sombra e meio-luz, que beneficia com a luz que
derrama e prejudica com a sombra que teima em carregar.
Daí o imperativo de orarmos e vigiarmos, procurando
desvencilhar-nos de toda sombra que ainda nos pesa no
orçamento da alma, a fim de que nos tornemos, a pouco e
pouco, em obreiros fiéis na causa do Eterno Bem,
servindo ao Senhor conforme os desígnios do Senhor.
Do livro Bênção de paz, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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