Elucidações de Emmanuel

por Francisco Cândido Xavier

  

Vigiando e orando


“Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.”
 — Paulo (II Timóteo, 4:5)


Em nos reportando aos obreiros do Senhor recordemos que uma espécie existe que, sem dúvida, trabalha e sem dúvida produz algo; entretanto, vive sempre em posição deficitária e por vezes estraga aqueles companheiros que se lhes aproximam, quando frágeis na fé.

Onde estejam, são para logo identificáveis porque servem, mas servem debaixo de condições especialíssimas, tais quais sejam:


onde querem;

como entendem;

quando se vejam dispostos;

tanto quanto se determinam;

na faixa de ação em que não se sintam incomodados;

com quem gostam;

com as ideias que lhes agradem;

com os recursos que venham a escolher;

como julgam melhor;

nas conveniências que lhes digam respeito;

desde que se lhes satisfaçam as exigências; e

desde que ninguém os critique nem contrarie.


Um companheiro assim assemelha-se a um servidor meio-sombra e meio-luz, que beneficia com a luz que derrama e prejudica com a sombra que teima em carregar.

Daí o imperativo de orarmos e vigiarmos, procurando desvencilhar-nos de toda sombra que ainda nos pesa no orçamento da alma, a fim de que nos tornemos, a pouco e pouco, em obreiros fiéis na causa do Eterno Bem, servindo ao Senhor conforme os desígnios do Senhor.

 

Do livro Bênção de paz, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita