A nossa salvação não
pode ser terceirizada
Há
coisas que ninguém pode fazer por nós e que, pois, cabem
a nós mesmos fazê-las. E que devemos fazer, realmente,
para conseguirmos a nossa salvação ou libertação? É, sem
dúvida, seguirmos a doutrina que está no evangelho do
nosso excelso Mestre Jesus e em outros livros sagrados,
cujos códigos de moral são semelhantes à já citada do
evangelho do maior dos avatares de todos os tempos que,
em nome de Deus nos foi enviado pela Espiritualidade
Maior há dois mil e vinte três anos. É dito muito que
Ele foi enviado por Deus, mas na verdade foi enviado
pela espiritualidade encarregada de ajudar na evolução
de nosso mundo Terra, sim, pois Deus tem seus espíritos
trabalhando no seu projeto (Hebreus 1:14).
Coube a Jesus de
Nazaré nos trazer esse código de moral que foi
considerado por Kardec o mais perfeito que existe, mais,
pois, do que os muito famosos de Moisés, de Hamurabi e
outros. Mas cabe a nós mesmos praticarmos os
ensinamentos contidos nesses códigos de moral. Os papas,
bispos, padres e pastores podem nos ajudar a entendermos
mais rápido e melhor o evangelho do maior dos mestres e
como praticarmos os seus ensinamentos morais. Mas, como
já o dissemos, nós é que temos de pô-los em prática. E
esses ensinos se resumem em dois: Amar a Deus acima de
tudo e ao nosso próximo como amamos a nós mesmos. Com
relação a este último, é interessante observarmos que
nós, por sermos egoístas, amamo-nos demais e, inclusive,
até por instinto. Porém, isso não é problema, desde que,
no mesmo grau de amor, amemos também o nosso semelhante.
Quer dizer, trata-se de uma questão muito clara, embora
seja difícil a sua prática. Já sabendo disso, Paulo nos
ensina que quem diz amar a Deus, mas não ama seu
próximo, é mentiroso. E vejamos o que disse o Mestre dos
mestres: “Se você estiver no altar fazendo oferendas a
Deus e se lembrar de que alguém tem um problema com
você, interrompa-as e vá, primeiro, reconciliar-se com
ele e, depois, então, vá continuar fazendo suas
oferendas a Deus.” (Mateus, 5:23 e 24).
O filósofo e
teólogo jesuíta Huberto Rohden afirma que nossa salvação
ou libertação não vem de fora de nós (alo-redenção), mas
de nós mesmos (autorredenção). E, como estamos vendo,
ele está de acordo com o que propõem essa matéria e o
ensino do evangelho do excelso Mestre. Realmente, não
podemos terceirizar o que deve ser feito por nós mesmos,
principalmente quando se tratar da nossa salvação ou
libertação, como nos ensina a doutrina dos espíritos
codificada por Kardec. Alguém já disse que a doutrina da
alo-redenção é de uma religião de quem só quer sombra e
água fresca e que, pois, quer terceirizar a prática dos
deveres que nos salvam...
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