Terra: grande e generoso hospital
Uma das formas de se enxergar este planeta é vê-lo como
um imenso complexo hospitalar. Esta imagem se justifica
plenamente, pois para aqui foram trazidos Espíritos
doentes, seja por conta de suas mentes ainda em
desalinho, seja por causa de matrizes defeituosas nos
respectivos perispíritos, ou mesmo em ambos, no binômio
mente-envoltório fluídico.
Por conta desta realidade, há tantas doenças em curso
nesta parte da humanidade Universal, obrigada a conviver
com tanta dor e sofrimento devido a problemas físicos e
mentais de toda ordem.
Contudo, se não bastasse este cenário de aparente
infortúnio, os terráqueos insistem em agravar suas dores
biológicas - trazidas de vivências passadas delituosas e
obscuras -, em função de variadas condutas desregradas
na atualidade, mormente no cultivo de vícios.
Tudo indica que a saúde fica em plano secundário, quando
se estabelece a forma de se viver o cotidiano de cada
qual.
As pessoas não emprestam muita importância ao modo como
desenvolvem as atividades diárias, desatentas às reais
possibilidades de aumentar as desarmonias físicas, como
se elas não pudessem ser agravadas.
O corpo físico é visto, pela maioria, como uma máquina
imperecível. Por isso, deve ser utilizada à exaustão,
retirando desta verdadeira ferramenta de trabalho, tudo
o que for possível, sem se aperceberem que ela precisa
ser muito bem cuidada para proporcionar ao seu usuário
condições de aproveitamento das generosas oportunidades
de evolução oferecidas, continuamente, pela vida.
O indivíduo só reconhece ter usado mal o seu corpo
material quando este começa a dar sinais de falência,
nesta hora, apavorado, quer voltar atrás e refazer
condutas e hábitos para fortalecer sua casa material,
entretanto, de modo geral, já é tarde, o colapso
antecipado da vestimenta carnal já se aproxima
inexorável.
As ciências médicas cansam de advertir e orientar neste
sentido. Como se não bastasse, para os espíritas, a
Doutrina insiste em avisar que o tempo de existência na
Terra pode ser função da forma como usamos a veste de
carne, substituída a cada nova existência.
E as recomendações são variadas e, muitas delas, são
simples de implementar. Podem substituir as condutas e
usos que agridem a matéria, criando para o futuro, novas
doenças que teremos de enfrentar como resultado das
escolhas de agora.
Como exemplos bem comuns destacamos o uso do fumo e do
álcool. Sabe-se hoje que estes dois verdadeiros venenos
– lícitos -, causam mais doenças e mortes do que o uso
de todas as drogas ilícitas. É um problema gravíssimo de
saúde.
A ingestão de alimentos acima da normalidade, também
pode ser lembrada como um fator de desequilíbrio para o
corpo humano, pois esta extraordinária máquina não
suporta, continuadamente, o uso de alimentação em
quantidades excessivas, ainda mais saturadas de
condimentos e variados conservantes.
No lado inverso da moeda, alimentar-se abaixo do
necessário, buscando o emagrecimento doentio, é outra
receita certa para a desarmonia e até para a morte.
Há outros vícios, tais como os excessos na atividade
profissional, onde o incauto se torna adicto ao trabalho
desenfreado para obter cada vez mais recursos
financeiros, às vezes desnecessários, desgastando
prematuramente seu corpo físico.
Por outro lado, o abuso do lazer, conduz também o
organismo ao desgaste antecipado, pois esta máquina
maravilhosa foi feita para funcionar, porém, sem
excessos e sem ficar inoperante, inativa. No último
caso, seus donos, os Espíritos imortais, se apresentam
sempre cansados, tediosos, desejando um pouco mais de
tempo no leito e, quem sabe, mais alguns feriados ao
longo do ano.
É comum também o uso de medicamentos de forma irregular
e por conta própria. Nestes tempos modernos, os
fabricantes e farmácias fazem até ofertas de
medicamentos no atacado, como se fossem mercadorias de
prateleira de supermercado, que pudessem ser estocados,
mesmo que o doente, no momento, não precise delas.
Nesta hora, o desavisado, fisgado pela propaganda
enganosa, adquiri as drogas como se fossem um
investimento e, só mais tarde, percebe que as datas de
validade dos produtos se aproximam. Nesta hora, quase em
desespero, pergunta: Será que não ficarei doente a tempo
de usar o que comprei!? Meu Deus..., vou perder o valor
investido!
Finalmente, a mente deve estar sadia, sem experimentar
grandes sobressaltos, nem tantas preocupações doentias.
O estado de ânimo desarmônico é poderoso criador de
moléstias. É preciso relaxar, meditar de quando em
quando, refletir ponderadamente sobre o Mundo em que
vivemos, alimentando o corpo com boas ideias e nobres
ideais.
A sabedoria romana já dizia: a virtude está no meio, ou
por outra máxima mais moderna, nem 8 nem 80. Equilíbrio
é a palavra mágica.
Nosso corpo, nosso talento!