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por Rogério Miguez

 

Terra: grande e generoso hospital


Uma das formas de se enxergar este planeta é vê-lo como um imenso complexo hospitalar. Esta imagem se justifica plenamente, pois para aqui foram trazidos Espíritos doentes, seja por conta de suas mentes ainda em desalinho, seja por causa de matrizes defeituosas nos respectivos perispíritos, ou mesmo em ambos, no binômio mente-envoltório fluídico.

Por conta desta realidade, há tantas doenças em curso nesta parte da humanidade Universal, obrigada a conviver com tanta dor e sofrimento devido a problemas físicos e mentais de toda ordem.

Contudo, se não bastasse este cenário de aparente infortúnio, os terráqueos insistem em agravar suas dores biológicas - trazidas de vivências passadas delituosas e obscuras -, em função de variadas condutas desregradas na atualidade, mormente no cultivo de vícios.

Tudo indica que a saúde fica em plano secundário, quando se estabelece a forma de se viver o cotidiano de cada qual.

As pessoas não emprestam muita importância ao modo como desenvolvem as atividades diárias, desatentas às reais possibilidades de aumentar as desarmonias físicas, como se elas não pudessem ser agravadas.

O corpo físico é visto, pela maioria, como uma máquina imperecível. Por isso, deve ser utilizada à exaustão, retirando desta verdadeira ferramenta de trabalho, tudo o que for possível, sem se aperceberem que ela precisa ser muito bem cuidada para proporcionar ao seu usuário condições de aproveitamento das generosas oportunidades de evolução oferecidas, continuamente, pela vida.

O indivíduo só reconhece ter usado mal o seu corpo material quando este começa a dar sinais de falência, nesta hora, apavorado, quer voltar atrás e refazer condutas e hábitos para fortalecer sua casa material, entretanto, de modo geral, já é tarde, o colapso antecipado da vestimenta carnal já se aproxima inexorável.

As ciências médicas cansam de advertir e orientar neste sentido. Como se não bastasse, para os espíritas, a Doutrina insiste em avisar que o tempo de existência na Terra pode ser função da forma como usamos a veste de carne, substituída a cada nova existência.

E as recomendações são variadas e, muitas delas, são simples de implementar. Podem substituir as condutas e usos que agridem a matéria, criando para o futuro, novas doenças que teremos de enfrentar como resultado das escolhas de agora.

Como exemplos bem comuns destacamos o uso do fumo e do álcool. Sabe-se hoje que estes dois verdadeiros venenos – lícitos -, causam mais doenças e mortes do que o uso de todas as drogas ilícitas. É um problema gravíssimo de saúde.

A ingestão de alimentos acima da normalidade, também pode ser lembrada como um fator de desequilíbrio para o corpo humano, pois esta extraordinária máquina não suporta, continuadamente, o uso de alimentação em quantidades excessivas, ainda mais saturadas de condimentos e variados conservantes.

No lado inverso da moeda, alimentar-se abaixo do necessário, buscando o emagrecimento doentio, é outra receita certa para a desarmonia e até para a morte.

Há outros vícios, tais como os excessos na atividade profissional, onde o incauto se torna adicto ao trabalho desenfreado para obter cada vez mais recursos financeiros, às vezes desnecessários, desgastando prematuramente seu corpo físico.

Por outro lado, o abuso do lazer, conduz também o organismo ao desgaste antecipado, pois esta máquina maravilhosa foi feita para funcionar, porém, sem excessos e sem ficar inoperante, inativa. No último caso, seus donos, os Espíritos imortais, se apresentam sempre cansados, tediosos, desejando um pouco mais de tempo no leito e, quem sabe, mais alguns feriados ao longo do ano.

É comum também o uso de medicamentos de forma irregular e por conta própria. Nestes tempos modernos, os fabricantes e farmácias fazem até ofertas de medicamentos no atacado, como se fossem mercadorias de prateleira de supermercado, que pudessem ser estocados, mesmo que o doente, no momento, não precise delas.  Nesta hora, o desavisado, fisgado pela propaganda enganosa, adquiri as drogas como se fossem um investimento e, só mais tarde, percebe que as datas de validade dos produtos se aproximam. Nesta hora, quase em desespero, pergunta: Será que não ficarei doente a tempo de usar o que comprei!? Meu Deus..., vou perder o valor investido!

Finalmente, a mente deve estar sadia, sem experimentar grandes sobressaltos, nem tantas preocupações doentias. O estado de ânimo desarmônico é poderoso criador de moléstias. É preciso relaxar, meditar de quando em quando, refletir ponderadamente sobre o Mundo em que vivemos, alimentando o corpo com boas ideias e nobres ideais.

A sabedoria romana já dizia: a virtude está no meio, ou por outra máxima mais moderna, nem 8 nem 80. Equilíbrio é a palavra mágica.

Nosso corpo, nosso talento!


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita