Reencarnações
de Hermínio Corrêa de Miranda
A análise das informações de vidas passadas de Hermínio
– obtidas de revelações transmitidas por ele mesmo, em
diversos documentos – cotejadas umas com as outras por
Alexandre Rocha – estudioso da bibliografia do autor –
revela que ele esteve presente em todas as fases das
grandes revoluções religiosas do Ocidente, desde a
instituição do monoteísmo, com Moisés, no Antigo Egito,
à vinda do Espiritismo, com o trabalho de Allan Kardec,
tendo, entre esses dois momentos, sido contemporâneo do
Cristo, de Francisco de Assis e de Lutero. (...).
E informa, numa delas, que
“(...) Hermínio foi testemunha da implantação do
cristianismo em nosso planeta e um dos principais
responsáveis pela sua divulgação no mundo.”
Meditem sobre nossa sorte,
ao ver restaurado esse livro, de subida importância.
Passando por inúmeras
experiências reencarnatórias – em todas elas revelando
conduta moral e ética –, não admira tenha ele tantos e
raros talentos!
Tempo e renúncias de toda
ordem revelam o quanto pagou em dores, para chegar no
patamar de elevação em que se encontra, confirmando que,
realmente, “(...) a porta é estreita (...)”.
Vivenciou inúmeras
experiências religiosas e adquiriu precioso conhecimento
filosófico.
Reencarnações de Hermínio Corrêa de Miranda
Transcrição de obra
publicada pela “Editora Lachâtre”, no livro “Os Senhores
do Mundo”:
“Durante muitos anos, o
original datilografado deste texto, uma das primeiras
obras realizadas por Hermínio, escrita em 1964, foi
considerado perdido pelo autor.
Em 2012, ao arrumar alguns
papéis antigos, Hermínio Miranda encontrou uma cópia em
papel carbono de seu texto. Somente graças a este
procedimento, realizado precavidamente por Hermínio
Miranda, uma cópia desta obra se salvou e nos serviu
para a composição deste livro.
O processo de restauração do
texto original do livro foi demorado, em parte pela má
qualidade da antiga cópia, mas também porque estavam
faltando algumas páginas do conjunto da obra.
Após a digitalização do
texto e de uma primeira correção realizada pela Editora,
a obra foi devolvida ao autor, que realizou uma revisão
parcial do texto e se prontificou a reescrever as
páginas que haviam desaparecido. Infelizmente a
desencarnação de Hermínio Miranda ocorreu durante esta
segunda atividade, o que deixou na obra importante
lacuna que necessitava ser preenchida. Mas como?
Com o objetivo de sanar esse
grave problema, a editora convidou Lygia Barbiére
Amaral, uma das mais bem sucedidas escritoras espíritas
da atualidade, vizinha e grande amiga de Hermínio
Miranda, que realizou com sua natural competência a
árdua tarefa de pesquisar e reescrever, à maneira
Hermínio, integralmente o primeiro capítulo desta obra e
as oito primeiras páginas do segundo capítulo.
Todo o restante da obra,
após o primeiro capítulo e a partir da página 61 (à
exceção do que está claramente identificado como nota da
editora), foi exclusivamente escrito por Hermínio
Miranda, tendo a editora apenas se dado ao trabalho de
redigir pequenas notas, de forma a esclarecer detalhes
mencionados pelo autor.”
Notemos, no belo estudo das
sucessivas reencarnações de nosso autor, a sucessão de
todas elas:
ADENDO – EM MEIO ÀS MAIS IMPORTANTES REVOLUÇÕES
RELIGIOSAS DO OCIDENTE
Alexandre Rocha
As sete vidas de Hermínio Miranda
“... A partir de pistas
deixadas nos textos escritos por Hermínio, baseadas em
regressões de memória que ele promoveu e informações de
origem espiritual obtidas em reuniões mediúnicas de que
participou, iremos tecer uma descrição das diversas
encarnações de Hermínio Miranda, segundo suas próprias
convicções.
Sacerdote no Antigo Egito
A encarnação mais antiga que
Hermínio nos relata foi como sacerdote num templo
egípcio (provavelmente o templo de Osíris, em Abydos),
durante o reinado do faraó Ramsés II (1279-1213 a. C.).
A história é narrada na introdução da obra A memória
e o Tempo. Não há maiores detalhes sobre essa vida.
...
Foi durante o reinado de
Ramsés II que nasceu Moisés, um dos mais importantes
nomes da história judaica. E, segundo a narrativa do
espírito J. W. Rochester, na obra O faraó Mernephtah,
durante o reinado do faraó subsequente a Ramsés II.
Moisés libertou o povo hebreu do cativeiro egípcio,
partindo para Canaã.
Na personalidade de um
sacerdote, Hermínio foi testemunha de um dos momentos
mais importantes da história religiosa do Ocidente.
Tendo sido educado no templo, Moisés pode muito bem ter
cruzado com o nosso sacerdote em suas atividades.”
(Fonte: Miranda, Hermínio. A
memória e o tempo, “Introdução”, Lachâtre.)
Discípulo de Aristóteles
Hermínio também teve a
oportunidade de nascer no período áureo da filosofia
grega, sob a personalidade de Dicearco de Messina (350
a.C. – 290 a.C.), historiador, geógrafo, filósofo e
cartógrafo. De acordo com a informação obtida através de
magnetização de uma sensitiva, foi informado de que
fora, nessa encarnação, o discípulo preferido de
Aristóteles, tendo deixado diversas obras escritas,
dentre elas a primeira história da Grécia (Vida da
Grécia), em três volumes, da qual restam, hoje,
vinte e quatro fragmentos.
(Fonte: Miranda, Hermínio. A
memória e o tempo, Capítulo VI, it. 3, Lachâtre.)
Barnabé
A encarnação seguinte de que
temos notícias foi na personalidade do apóstolo Barnabé.
Barnabé foi figura de
destaque na igreja cristã nascente. Aceito como apóstolo
segundo o texto de Atos (14, 14-15), foi o mais fiel
companheiro de Paulo desde o momento em que o apóstolo
dos gentios resolve se unir à igreja do caminho. Parte
de Barnabé a iniciativa de levar o Evangelho do
Cristo para o mundo, convidando Paulo para a tarefa que
o transformará no maior pregador da cristandade.
Nessa encarnação, (...)
Hermínio foi testemunha da implantação do cristianismo
em nosso planeta e um dos principais responsáveis pela
sua divulgação no mundo.
(Fonte: Miranda, Hermínio: As
marcas do Cristo, vol. I. FEB.)
Bernardo de Claraval
Mais conhecido como São
Bernardo ou Bernard de Clairvaux (Claraval), esse
espírito de escol viveu no século 12 e foi um dos
maiores pregadores da igreja católica. Entre as inúmeras
determinações que recebeu do papa, estava o esforço para
realizar a conversão dos cátaros, no sul da França. Só
após a morte de Bernardo é que a igreja resolveu
utilizar a força para destruir o movimento cátaro. (...)
Bernardo foi contemporâneo de Francisco de Assis e
Antônio de Pádua, testemunhando, novamente, a grande
revolução que o “Poverello” realizou no seio da igreja,
buscando o retorno aos valores originais do Cristo.
Bernardo foi autor de grande
quantidade de livros, dentre eles, o que continha as
regras dos Templários.
(Fonte: Miranda, Hermínio. Os
cátaros e a heresia católica. Lachâtre.)
Phillipp Melanchton
Melanchton foi um dos
líderes do movimento da Reforma Protestante. Aluno de
teologia de Martinho Lutero foi, ao mesmo tempo, se
professor de grego e melhor amigo. Juntos, realizaram a
maior transformação, até aquele momento, da história do
cristianismo, permitindo que o povo tivesse acesso aos
textos bíblicos e devolvendo-lhe a liberdade de
interpretação desses textos. Desvinculados da Igreja
Católica, os líderes religiosos voltaram a ter permissão
para constituir suas famílias.
Nessa encarnação, o espírito
do velho escriba também se preocupou com assuntos
diversos, como a questão da educação do povo em geral e
dos jovens em particular, e escreveu obras das áreas de
teologia, física, psicologia e pedagogia.
(Fonte: Miranda, Hermínio, As
marcas do Cristo, vol. II. FEB.)
Robert Browning
Nascido em Londres, no final
do século 18, Robert Browning ficou mais famoso como pai
do poeta de mesmo nome. De família rica, quando jovem
rejeitou tomar a frente dos negócios que o pai tinha na
América, porque eram fundados no trabalho escravo, e ele
era radicalmente contra a ideia da escravidão. Tornou-se
alto funcionário do Banco da Inglaterra, onde trabalhou
de 1813 a 1863. Viajou muitas vezes a Paris, onde
conheceu pessoalmente Allan Kardec e a doutrina
espírita. Nessa encarnação, Hermínio também deixou
evidente seus dotes literários como poeta, o que
influenciaria determinantemente seu filho, e artísticos,
já que se dedicou também à pintura. Sua cultura era
reconhecida por seus contemporâneos, que se referiam a
uma biblioteca que ele possuía, contando mais de seis
mil volumes, com muitas obras raríssimas.
Tomando conhecimento de que
o Banco da Inglaterra possuía documentos manuscritos de
Robert Browning, Hermínio Miranda solicitou uma cópia e
pediu a sua secretária que datilografasse o texto para
que ele pudesse copiá-lo à mão sem olhar o manuscrito
original.
Entregue a Joseph Myers, um
especialista para um estudo grafotécnico entre os dois
manuscritos, o resultado foi conclusivo: “As letras
apresentam nítidas e inquestionáveis semelhanças no
traçado individual, no arranjo e no conjunto.”
(Fonte: Miranda, Hermínio, Eu
sou Camille Desmoulins. Editora Lachâtre, 1994.)
Hermínio Miranda, um espírito de escol
As informações sobre as
vidas passadas de Hermínio Miranda foram surgindo aos
poucos, em sua última existência, sem que isso nos
permitisse ter uma ideia de conjunto. Quando, ao final
de sua vida, colocamos essas existências em paralelo, é
que percebemos que ele participou diretamente de todas
as grandes revoluções religiosas do Ocidente, desde a
instituição do monoteísmo, com Moisés, no Antigo Egito,
à vinda do Espiritismo, com o trabalho de Allan Kardec,
tendo, entre esses dois momentos, sido contemporâneo do
Cristo, de Francisco de Assis e de Lutero.
A esse espírito de escol,
nossa gratidão.
(Fonte: Miranda Hermínio
Correia de, 1920–2013. Os senhores do mundo, de
Tutmés III a Napoleão Bonaparte / Hermínio C.
Miranda – Bragança Paulista, SP: Lachâtre, 1ª edição,
2015. 336 p.)
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