Missão espírita
Ruge na Terra tormenta renovadora.
O mundo social assemelha-se a grande cidade hesitando
nos fundamentos.
O colapso de valores seculares da civilização, embora
exprima ansiedade pelo que é novo, lembra a destruição
de antigo cais, efetuada imprudentemente, sem
construções que o substituam.
A licença desafia o conceito de liberdade.
A indisciplina procura nomear-se como sendo revisão de
conduta.
É a tempestade de transição englobando lutas gigantescas
e necessárias.
No entrechoque das paixões e das sombras, a missão
espírita há de ser equilíbrio que sane a perturbação e
luz que vença as trevas.
Para isso, se trazes o coração alerta na obra criativa e
restauradora, recorda que não se te pedem exibições de
grandeza na ribalta da experiência.
Sê a frase calmante que diminui a aflição ou o copo de
água simples que alivie o tormento da sede.
Inumeráveis são as lágrimas, não as aumentes. Enormes
são os males, não os agraves.
Problemas enxameiam em toda parte, não os compliques.
Sofrimentos abarrotam caminhos, não lhes alargues a
extensão.
Conflitos obscurecem a vida, em todos os setores, não os
estendas.
Muita vez, perante as dificuldades dos tempos novos,
solicitas aviso e rumo do Plano Superior para o seguro
desdobramento dos deveres que te cumpre desempenhar. E,
sem dúvida, os poderes da Vida Maior não te recusarão
esclarecimento e roteiro. 15 Entretanto, é justo
ponderar que, se esperamos pelas Forças Divinas, as
Forças Divinas igualmente esperam por nós. Saibamos,
consequentemente, prestigiá-las e acolhê-las, em nossa
área de trabalho e de ideal, estimulando a sementeira da
paz e fortalecendo o serviço de elevação.
Do livro Mãos unidas, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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