Chico Xavier esclareceu uma questão sobre a
desencarnação de pessoas enfermas, isto é, se essas
pessoas continuam enfermas após o desencarne, mesmo que
sejam espíritos iluminados. Ou cada caso é um caso?
Ele respondeu dizendo que quando contrariamos as Leis
Universais, inscritas em nossa consciência e que se baseiam no
Evangelho de amor do Cristo, adquirimos débitos que se refletem
na vestimenta do espírito, isto é, o perispírito. A estadia na
carne propicia que o perispírito transmita ao corpo físico esses
reflexos negativos, o que implica uma depuração do ser. Porém,
quando a pessoa vivencia esse processo com uma mentalidade
negativa de revolta, de pessimismo, sem procurar a renovação
diária para o bem e sem procurar beneficiar aos demais, ela
impede esse processo de depuração. É como se fôssemos passar por
uma cirurgia e fizéssemos o contrário de todas as recomendações
necessárias.
Assim, nesses casos, a enfermidade não propiciou significativa
renovação íntima diante da vida, não ocorreu uma modificação
interior, ou seja, do padrão mental desse espírito. Ele não
soube passar pelo sofrimento. Logo, como não houve a mudança,
depois da morte ele continuará plasmando no perispírito o que
cultivou em sua mente durante a vida – permanecerá enfermo. Com
os espíritos que, independente das circunstâncias, vivenciaram o
Evangelho do Cristo, o processo é completamente diferente.
Do livro Plantão de respostas, de Chico Xavier e Emmanuel
– Pinga-fogo II.
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