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por Rogério Miguez

 

Como encontrar o Caminho, a Verdade e a Vida?


Definir qual seria o correto caminho a seguir, entre tantos; descobrir onde se encontra a verdade, dentre as variadas propostas existentes; e, finalmente, desvendar os mistérios da vida para poder desfrutá-la em toda a sua plenitude, representa a tríade com o poder de nos levar à vivência da vera felicidade, caso fossem encontradas respostas às indagações.

Anseio íntimo de cada ser humano, percebido de maneiras diversas, isto, desde remotas eras, seria o de encontrar quem ou que poderia responder a estas três perguntas, que não querem calar desde que o homem ganhou consciência de si mesmo e pôde perceber as nuances da vida, ou seja, quais seriam os elevados propósitos da existência.

A busca para encontrar a filosofia, ou quem sabe, a religião, com o poder de bem decifrar estes enigmas, tem sido frenética e incansável, desde que o indivíduo se percebeu como ser humano e pensante.

Muitos tentaram se colocar na condição e posição de atender a estes desejos mais secretos, respondendo a estas reservadas indagações, brotando de forma natural dentro de nós, sem exceção, ao longo de imemoriais tempos.

Propostas foram muito bem elaboradas por sinceros pensadores ilustres, mas não alcançaram os objetivos finais, pois várias nasceram apenas de ideias materialistas, e sabemos que jamais o materialismo satisfez plenamente às massas; outras germinaram de líderes fanáticos e carismáticos, sequiosos apenas pelo poder temporal sobre a população; algumas buscaram satisfazer apenas segmentos de certas sociedades, jamais conquistando as mentes e corações daqueles que as seguiam, sendo relegadas ao pó da História, sem maior significado para o povo tão sofrido de todos os tempos...

E a busca continuou: Onde está o caminho? Quem possui a verdade? E, finalmente, o que é a vida!?

Após o nascimento de cativantes pensadores, incluindo dentre estes o Pai da Filosofia – Sócrates -, nasce, afinal, aquele que sem cetro e coroa, sem manto e joias, sem corte e castelo, sem sequer uma pedra para recostar a cabeça, traria por meio de suas palavras, ensinos e principalmente exemplos de vida, respostas definitivas para estas questões que tanto nos afligiram no passado, antes Dele.

A História considerou este fato tão importante para a Humanidade provocando, para bilhões, a divisão da própria História, passando os registros dos fatos e acontecimentos marcantes a serem contados antes Dele e depois Dele: o Cristo, o Ungido, o Messias, apenas Jesus para o povo.

Como foi possível um ser humano como nós - de carne e ossos -, nascido em condições humilíssimas, com reduzido número de testemunhas, de linhagem familiar sem qualquer tradição, em local obscuro no seio de uma civilização guerreira e conquistadora, contaminada por preconceitos de toda ordem, extremamente orgulhosa de seu belicoso passado, sem nenhum aparente destaque que a fizesse especial entre tantas, ofuscada pelo brilho dos deuses de Roma, conquistada e submetida pelos dominadores romanos, eivada de tradições discriminatórias, intolerante, aferrada a letra do Antigo Testamento, repleta de leis cruéis... Contudo, neste caldeirão de culturas pagãs e muitos deuses, de idolatria e temor a Deus, surge a Luz do Mundo, capaz de indicar o Caminho, apresentar a Verdade e dar real testemunho da Vida.

Uma verdadeira revolução de ideias, quase ofuscando a visão dos que se encontravam perdidos na busca de respostas às suas expectativas de vida.

Os cegos passaram a ver, os paralíticos e coxos puderam andar, os tresloucados recuperaram a sanidade, as que se fizeram meretrizes ganharam vida nova, o povo enfim pode acalmar seus corações e suas mentes, mormente quando ouviu pela primeira vez o hino eterno das Bem-aventuranças.

Aqueles que puderam, ao pé do Monte, escutar ao vivo o chamamento definitivo, inscrito nas Eternas Leis de Deus, foram de fato privilegiados. Contudo, e os que não tiveram a oportunidade única de conviver com Ele?

Felizmente, pela Graça Divina, alguns humildes seguidores buscaram registar, em pergaminhos de luz – o Novo Testamento -, alguns momentos daqueles Gloriosos dias perdidos nas brumas do tempo, quando os pés de um puro Espírito marcaram de forma indelével, com suas pegadas, o Caminho único a seguir; quando com suas palavras, através de seus discursos suaves e convidativos, apresentou-se a cristalina Verdade tão almejada pelo povo; e, finalmente, por conta de suas sinceras atitudes e condutas, seus preciosos exemplos, a Vida, por fim, foi delineada em todos os seus mais delicados contornos.

E, como se não bastasse, quando ele ressuscitou - matando definitivamente a morte -, apresentando-se a alguns de seus mais próximos seguidores, retornando triunfante do Reino dos Mortos, radiante como a intensa luz do Sol que nos envolve e aquece, voltando mais uma vez à Vida após a tragédia da crucificação no infame madeiro, esta passou a ser inquestionável, absoluta, abundante, em uma palavra: Eterna.

Ele nos deixou a verdadeira Paz, quando nos apresentou o único Caminho a trilhar, mostrando por qual meio podemos conhecer a Verdade, sugerindo qual a melhor conduta diante da inextinguível Vida.

Não precisamos de mais nada. O roteiro foi traçado. As dúvidas dirimidas. Basta viver na plenitude de seus ensinos. Contudo, apesar da mensagem de Jesus estar conosco há vinte séculos, temos negligenciado, sistematicamente, o sacrifício Dele ao vir estar conosco, convivendo com tanta ignorância, baixeza e indiferença.

Já não está na hora de seguir o Mestre?

Sigamo-lo então!


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita