Acerto de contas
O companheiro terá tido estranho comportamento,
agredindo-te ou prejudicando-te.
Não te dês a reações precipitadas, sob o pretexto de
justificar-te.
Imagina-te, antes de tudo, em lugar dele.
Como te desinibirias, se tivesses uma pessoa querida,
avizinhando-se da morte?
Que comportamento seria o teu, ante determinada moléstia
que te corroesse o corpo, num momento em que alguém te
lembrasse o peso de uma dívida?
Se te vês à frente de um louco não podes ignorar que
será impossível curá-lo com marteladas na cabeça.
Diante de um prejuízo material, mesmo de grandes
proporções, se podes sustentar-te sem que o devedor
consiga solvê-lo, mais vale esperar que provocar um
rompimento de consequências imprevisíveis.
Pensa nas ocasiões em que corações amigos te haverão
desculpado as próprias faltas.
Medita nas pessoas queridas para as quais, muitas vezes,
terás de impetrar a benevolência dos outros, algumas
vezes, até mesmo desses outros a quem talvez pretendas
constranger com desafios e exigências.
Em qualquer acerto de contas, medita na extensão das
nossas dívidas para com Deus e asserena-te, na certeza
de que, acima de todos os conflitos, a paciência vale
mais.
Do livro Calma, obra psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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