Pensando pelo coração
Abordaremos, no presente texto, alguns itens referentes
ao Diálogo Fraternal e, pois, espiritual, no tocante aos
fenômenos de pacificação, ou de Doutrinação, daqueles
nossos irmãos que se direcionaram à pátria-mãe, e que,
pois, encontram-se perturbados em zonas próximas ao
ambiente humano, zonas umbralinas, ou purgatoriais.
Sabemos, de antemão, que a presença dos Amigos
espirituais não nos falta jamais, e, portanto - em nosso
dia adia, seja no lar, no trânsito, no local de trabalho
-, que se possa o elemento Doutrinador das Reuniões
Mediúnicas estabelecer alguns pontos importantes ao seu
preparo físico, mental e espiritual.
Sendo que, no aspecto alimentar, que ele possa, pois,
nutrir-se de modo mais frugal, ou seja, o mais simples
possível, evitando gorduras ou vísceras animais pesadas
e inapropriadas ao seu desempenho espiritual, sobretudo
nos dias de tais Reuniões Doutrinárias.
E, no Aspecto Mental ou Espiritual:
A – Deve o Doutrinador educar, dia a dia, o seu modo de
falar, sendo, sempre, pois: gentil para com todos, e, na
medida do possível, que se evitem as discussões, os
comentários maldosos, se autorizando, sempre, e sempre,
boas e saldáveis conversas, educando o seu sentir, a sua
palavra, bem como suas ações, pois, conforme Jesus –
ratificado pelo Espiritismo - é do coração que surge, lá
na outra ponta, o verbo se exteriorizando, assim, por
meio do cérebro, das palavras e das ações.
B - Nas reuniões mediúnicas, logo após o seu devido
preparo, com leituras edificantes do Evangelho e de
outros mais, deve o referido Doutrinador manter a Mente
serena, calma, lembrando, sempre e sempre, sua condição
de instrumento do Mais Alto, donde a sua palavra estará
refletindo a palavra salutar de seus Instrutores e
Guias, que são os reais condutores do trabalho
mediúnico, e, pois, espiritual.
C) – Permitir o Doutrinador - nalgumas vezes -, ao
Espírito sofredor, o seu desabafo, a sua palavra, a sua
rebeldia, pois trata-se de um irmão infeliz, colhendo os
frutos de sua ignorância, de seus vícios, e, portanto,
muitas das vezes, ele precisa exteriorizar sua dor, sua
grande decepção no colher dos frutos daquilo que outrora
semeara.
D) - Mas, logo após o seu desabafo, deve o Doutrinador
ter pulso firme, mas nunca e, jamais, humilhante, pois
quem AMA, nunca, e em tempo algum, pisoteia o malfeitor,
mas sim, lhe reconhece os defeitos de que nós próprios
também carregamos, conquanto nossos esforços para
debelá-los por Reforma Íntima, pessoal, que, por sua
vez, há de influenciar outros ainda, convidando-os,
igualmente, à sua melhoria, sua própria e íntima
doutrinação.
E) – Deve manter-se, o Doutrinador, a uma pequena
distância do médium, evitando tocá-lo fisicamente, a não
ser em casos que o referido possa desfalecer, o que nem
sempre acontece; e deve, pois, o Doutrinador, manter-se
de olhos abertos e atentos para o que possa,
eventualmente, verificar-se.
E esta recomendação, ainda, tem a utilidade de não se
misturar o psiquismo do Médium com o do Espírito que por
ele se comunica, e, pois, do psiquismo do Doutrinador
jungido ao seu Superior espiritual, porquanto:
“A mente, como não ignoramos, é um incessante gerador de
força, através dos fios positivos e negativos do
SENTIMENTO e do PENSAMENTO, produzindo o verbo que é
sempre uma descarga eletromagnética, regulada pela voz.”
(Vide:
"Entre a Terra e o Céu", cap. XXII, de André Luiz,
psicografado por Chico Xavier.)
Agora, imaginemos o emaranhado de forças, de ideias e
emoções destoantes, de pensares de uns e de outros,
positivos e negativos, quais sejam:
1-do Psiquismo do Médium,
2-do Espírito comunicante,
3-do Doutrinador, e, pois,
4-do Espírito Superior que nos presta assistência, sendo
ideal, pois, que não se verifique contato “físico”
dentre os três primeiros, sobretudo, os quais, quer se
queira ou não, se encontram num momento crucial e, pois,
destoante, de Amor e ódio, de Harmonia e desarmonia, de
Luz versus treva, no qual os primeiros vencem, sempre,
os segundos, porém, pode não ser de imediato, o que
indica, portanto, se dê tempo ao tempo e se precate
contra os desafios por vencer.
Estas cinco advertências (A, B, C, D e E), além daquela
primeira supracitada, se não expressam tudo quanto se há
de fazer por parte do médium Doutrinador, elas, pelo
menos, abrem picadas, que, por sinal, se compõem de uma
Missão a desenvolver e de uma luta a desempenhar
diariamente, em que o AMOR há de juntar-se ao
raciocínio, aquele prevalecendo sobre este, que, também,
não deixa de ser útil e tão fundamental nas reuniões
mediúnicas e de doutrinação.
Ou seja, e por mais paradoxal que possa parecer:
trata-se de Pensar pelo Coração!
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