Não só de inteligência
“Aquele que ama a seu irmão permanece na luz e nele não
há nenhum tropeço.” — João (1 João, 2:10)
Esfalfamo-nos na Terra a fazer testes de inteligência
para ganhar inteligência, e, sem dúvida, precisamos
todos de agilidade mental para a destreza de raciocínio
e firmeza de decisão.
Entretanto, não basta a inteligência, só por si, para
orientar com absoluta segurança os roteiros da vida.
Senão, vejamos.
Quase sempre sabemos: entesourar conhecimento
intelectual, mas ignoramos ainda como utilizá-lo para
evitar a guerra uns com os outros; acumular o dinheiro,
mas muito raramente aprendemos como empregá-lo na
construção da própria felicidade e da felicidade dos
semelhantes; inventar os mais variados processos de
reconforto em benefício do corpo transitório, mas
desconhecemos ainda como prover as necessidades de
nossas almas eternas; legislar com eficiência nas
atividades visíveis do mundo, mas ignoramos como
preservar a tranquilidade de consciência, conquanto já
conheçamos a generalidade dos princípios morais que nos
regem; cultivar grandes afeições, até mesmo com
testemunhos heroicos de sacrifício, mas não sabemos
ainda como traçar-lhes o equilíbrio justo para que não
se convertam em desarmonia e paixão.
Em suma, estamos em condições de preparar o futuro para
todas as garantias no Plano físico, mas habitualmente
descuidamo-nos de nossos interesses na imortalidade que
é patrimônio inalienável de cada um.
Em razão disso, muitas vezes damos na Terra estranhos
espetáculos de genialidade e delinquência, cultura e
degradação.
É que apenas a inteligência não basta à felicidade. A
alegria de viver pede, acima de tudo, a luz do
entendimento e a bênção do amor.
Do livro Bênção de paz, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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