A
vida imortal
Novembro sempre
é época de
recordação.
Recordar os
amados que já
partiram, com
toda a
intensidade,
pois fato é que
quando amamos a
saudade é
companhia
diária.
Recordamos os
amados todos os
dias, mas como
novembro
consagra a eles
o dia 2, sempre
é bom lembrar.
Até mesmo os
mais céticos
podem se lembrar
de uma brisa
inesperada a
envolver, uma
sensação de
emoção profunda,
como um abraço
de amor, um
sonho,
reencontros.
Tantas
lembranças!
Ainda se
encontra em
nossa mente a
lembrança viva
de um sonho.
Para não
mencionarmos
tantas provas
que já tivemos.
Éramos muito
jovem, talvez
uns quarenta
anos atrás.
Nossa avó
materna, que
tanto amávamos,
havia
desencarnado,
por volta de uns
dois meses
antes. Sonhamos
que estávamos na
casa dela, com o
coração envolto
em saudades.
Estávamos no
sonho, em seu
quarto, em nossa
cidade natal,
Ituiutaba, Minas
Gerais.
Olhávamos suas
coisas e
sentíamos muita
saudade. Então
nós a vimos
surgir,
transparente,
próximo à
janela. Dava
para ver a
janela atrás
dela. Em sonho,
sabíamos que
estávamos vendo
seu espírito.
Ela nos disse
que estava sendo
muito bem
tratada, que
havia sido muito
bem recebida no
mundo
espiritual. Nós
ficamos
emocionada no
sonho e ao
sentir nossa
emoção ela
também se
emocionou e
então
desapareceu.
Acordamos com a
nítida sensação
de que a
havíamos
encontrado no
sonho.
Naquele mesmo
dia, à noite,
tínhamos nossa
reunião
mediúnica, no
Centro Espírita
Allan Kardec, de
Cambé.
Na reunião,
estávamos
concentrada em
prece, quando
sentimos uma
energia intensa
em nossas
costas.
Pensamos: Que
espírito ali
estaria? Não
temos
mediunidade
ostensiva,
apenas essas
sensações.
Parecia uma
energia que
ultrapassava os
nossos ombros.
Recordamo-nos
imediatamente do
sonho que
tivéramos e
pensamos: será
que era nossa
avó que veio nos
abraçar e nos
confirmar com
isso que
realmente nos
encontráramos?
Ficamos quieta,
não mencionamos
o fato a ninguém
na reunião.
Nessa época,
nossa reunião
mediúnica era
dirigida pelo
nosso querido
Hugo Gonçalves,
que no mundo
espiritual, já
há 10 anos,
continua nos
ajudando no
Centro Allan
Kardec.
Hugo Gonçalves,
nosso amado
paizinho, de
Cambé, tinha uma
notável
mediunidade.
Vidência,
audiência,
capacidade de
ver as vidas
passadas e de
observar
acontecimentos
futuros. Quem o
conheceu
recorda-se de
muitas coisas e
do aprendizado
que deixou para
todos nós. Era
um mestre e
desencarnou
justamente no
dia 15 de
outubro, dia dos
professores,
pois ele o era
de fato e não de
diploma. O
professor de
todos os que o
rodeavam e
puderam aprender
com ele.
Naquele dia,
nessa reunião,
tanto tempo
atrás, ao
término dela,
quando nada
havíamos
mencionado, como
já dissemos, ele
se aproximou e
nos disse: Havia
um espírito de
uma senhora que
te abraçou
muito. Depois
ela veio para o
meu lado, me
abraçou e me
disse: Muito
obrigada!
Completou então
nosso Hugo
Gonçalves: Eu
não conhecia
esse espírito,
nunca tinha
vindo aqui,
então, perguntei
mentalmente ao
espírito de
minha irmã, que
estava na
reunião, quem
era aquela
senhora e minha
irmã respondeu:
É a vovó da
Jane!
Tivemos certeza
então. Nada
havíamos
relatado e
pensáramos que
poderia ser
nossa avó nos
abraçando para
nos dizer que o
sonho fora real.
O nosso paizinho
na época
comentou do
porquê não
termos relatado
a desencarnação
de nossa avó no
jornal “O
Imortal“ quando
já éramos
cronista dele.
Ele nos disse
que espíritos
como ela
deveriam ser
lembrados.
Não costumávamos
relatar sobre
acontecimentos
conosco e ainda
é assim. Abrimos
esta exceção
neste momento,
para confortar
aqueles que
sofrem a
ausência dos
seus queridos,
seus amados.
Eles vivem! Um
dia estaremos
juntos, reunidos
nas vibrações do
imenso amor.
Todos nós temos
provas disso, só
temos que
prestar atenção.
Eles nos
visitam,
continuam nos
amando.
Tantos carregam
consigo a dor da
saudade! Esta é
imorredoura,
sim, mas não
precisa ser dor
e sim esperança!
Jesus nos deu a
certeza da
imortalidade ao
comparecer
perante seus
discípulos e
amigos de
diversos
lugares,
apresentando a
vida além da
vida e dando
àqueles que o
amaram a força
para
prosseguirem na
tarefa de levar
a Boa Nova por
onde passassem,
com coragem, com
fé.
Paulo de Tarso
encontrou em
sonhos sua amada
Abigail, que o
consolou e
fortaleceu para
prosseguir com
coragem e fé,
ainda quando se
chamava Saulo e
sofria a
incompreensão e
rejeição
daqueles que
amava, por ter
professado a
crença de que
Jesus era o
messias
esperado!
Célia,
personagem
central do
livro 50 Anos
Depois, de
Emmanuel,
psicografado por
Chico Xavier,
viu seu avô
querido vir
consolá-la na
hora mais
difícil de sua
jovem vida.
Conversou com
ela, dando-lhe
diretrizes e
força e
desapareceu
depois, ante
seus olhos.
São muitos
relatos
maravilhosos que
nos chegam
através dos
livros.
São muitos
relatos de
pessoas que
passaram por
experiências
lindíssimas e
irrefutáveis,
onde houve
comprovação de
seus amados de
que vivem.
Sigamos com fé e
coragem sim,
lembrando os
nossos amores
que são imortais
e prosseguem no
além, desejosos
de nossa vitória
na Terra, para
um amanhã
ditoso, quando
poderemos nos
reunir
novamente,
atraídos pelo
amor que nos
une.
Perseveremos com
Jesus, que mesmo
hoje, além dos
séculos,
continua a estar
conosco, para um
amanhã em que a
Terra possa ser
um mundo feliz.
Amparados por
Jesus, pelo
conhecimento que
o Espiritismo
nos traz,
prossigamos,
sim, no trabalho
do bem, na
certeza de que o
amor continua
além da morte e
que viveremos!
Lembremos todos
os dias os
nossos queridos
que já partiram,
e enviemos a
eles nosso
carinho e nossas
orações. Um dia
estaremos juntos
de novo.