Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Perder um animal na infância


“A infância é o tempo de maior criatividade na vida de um ser humano.” Jean Piaget


Aos seis anos, perdi meu primeiro cachorro, o Lulu. Ele também tinha seis anos e morreu atropelado por um carro branco (nunca esqueci esse trágico evento).
Para muitas crianças, a perda de um animal de estimação é o seu primeiro contato com a morte. E é preciso explicar a situação com clareza e encarar o luto com calma e sabedoria.
Como a morte faz parte da vida, pois somos todos criaturas passantes, o ideal é não tornar o assunto um tabu e, por isso, é importante recordar os bons momentos, criar um ritual de despedida e manter as fotos do animalzinho em casa.
De outro lado, os pais devem ter o cuidado para não providenciar imediatamente um novo animalzinho. Apesar da saudade, da ausência do animal de estimação, é preciso vivenciar o luto, estabelecer uma nova rotina e, principalmente, ensinar às crianças que ninguém é substituível (isso ajuda o aprendizado sobre afeto, valores, respeito).
Além disso, quando tentamos substituir um animal de estimação sem respeitar o processo do luto, banalizamos a morte e isso certamente causará problemas futuros. Na realidade, é muito educativo e empático respeitar nossos sentimentos, os sentimentos de nossos filhos e, ainda, ajudar as crianças a lidar com essa perda tão dolorosa com tranquilidade e paciência.
Respeitado um período para o luto, a família poderá se abrir para um novo animal.  A presença de um outro bichinho trará de volta a alegria na casa e as crianças ficarão felizes.

Notinha
Um novo animalzinho? Quando a família estiver se sentindo melhor e  a nova rotina já estiver estruturada, então será possível os pais considerarem adotar um novo animal de estimação. Há milhares de bichinhos em abrigos e ONGs. Dessa forma, que tal cuidar muito bem de mais um bichinho? A família aprende muito quando tem um cão, um gato, um animal querido em casa…

 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita