Grande número de irmãos se reunia na residência do
confrade Luiz Mescolin, na cidade de Juiz de Fora, em
Minas, na noite de 12 de junho de 1949, palestrando
sobre Espiritismo e poesia, quando alguém lembrou a
suavidade das produções de Luiz Guimarães.
E se o poeta viesse escrever algo?
Depois de alguns momentos, congregaram-se os circunstantes num
círculo de oração e o poeta lembrado apareceu, escrevendo pelas
mãos de Chico Xavier o seguinte soneto:
CARTÃO FRATERNO
Abre teu coração à luz divina
Para que a luz do amor em ti desponte.
E subirás, cantando, o excelso monte
Que de bênçãos celestes se ilumina.
Honra a luta na Terra que te inclina
À sublime largueza de horizonte.
A nossa dor é a nossa própria fonte
De profunda verdade cristalina.
Quebra a escura cadeia que te isola!
Faze de teu caminho a grande escola
De renascente amor, puro e fecundo!
Deixa que o Cristo te penetre a vida
E que sejas do Mestre a chama erguida
À luminosa redenção do mundo.
(Luiz Guimarães)
Esta produção mediúnica foi publicada na revista espírita “O
Médium”, da referida cidade, em seu número de junho de 1949.
Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.
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